2017, Vol. 3(2): 42-51

 

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Uma análise das motivações dos voluntários em Associações Humanitárias de Bombeiros

 

 

Artigo Original   

 

Vasco Almeida , Fernanda Daniel , Henrique Fernandes

 

https://doi.org/10.7342/ismt.rpics.2017.3.2.61

 

Recebido 31 julho 2017

Aceite 21 setembro 2017

 

 

ÍNDICE

RESUMO

INTRODUÇÃO

MATERIAL E MÉTODOS

RESULTADOS

DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS

 

TOP

RESUMO

Objetivos: Identificar os fatores que motivam bombeiros para o voluntariado e perceber de que forma características tais como sexo, idade, grau de escolarização, rendimento e anos de voluntariado, podem influenciar os tipos de motivação.

Metodologia: Participaram 126 bombeiros voluntários de duas Associações Humanitárias, com uma idade média de 36,06 anos (DP=12,46), a maioria dos participantes pertence ao sexo masculino (n = 84; 66,7%), é casada (n = 53; 42,1%), tem como habilitações o ensino secundário (n = 74; 58,7%), 83 (65,9%), aufere um rendimento mensal compreendido entre os 500€ e os 1000€ e encontra-se há mais de dez anos na respetiva Associação como voluntário/a (n = 66; 52,4%). Os instrumentos utilizados foram um questionário de caracterização sociodemográfica e uma escala composta por 17 afirmações elaborados por Anne Ward e Donal Mckillop (2011).

Resultados: A escala apresenta boas caraterísticas psicométricas (α = 0,83). É nos “resultados” que obtemos os valores médios mais elevados e mais baixos - indicador “altruísta - K” (M = 6,27; DP = 1,10) versus “necessidades - Q” (M = 4,23; DP = 2,39). Na análise das variáveis motivacionais, segundo as características sociodemográficas, verificamos que os indicadores que apresentam maior número de diferenças, estatisticamente significativas, são o “egoísta” do “capital humano” (H), o “altruísta” (K, L, M) e a “necessidade” (O) dos “resultados”.

Discussão e Conclusões: Os resultados globais do nosso estudo mostram que o altruísmo é o fator dominante na explicação do comportamento dos bombeiros voluntários, o que é consistente com investigações anteriores sobre a motivação para o voluntariado. Todavia, quando desagregamos a análise através das características dos voluntários, os resultados nem sempre coincidem com aqueles que se encontram na literatura. O contexto sociocultural e as especificidades da própria atividade dos bombeiros voluntários podem ser responsáveis pelas diferenças encontradas. Serão precisos mais estudos comparativos a nível internacional e que tenham em conta as características específicas da atividade dos bombeiros voluntários, nomeadamente a questão do risco.

 

 

Palavras chave: Fatores de motivação · Bombeiros voluntários · Portugal

 

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INTRODUÇÃO

 

Em 2015, estavam referenciados em Portugal 472 corpos de bombeiros e um total de 28 957 bombeiros. O Continente apresentava 445 corpos de bombeiros (27 427 bombeiros), a Região Autónoma dos Açores 17 (886 bombeiros) e a Região Autónoma da Madeira 10 (644 bombeiros). Refira-se que a maioria dos bombeiros são voluntários, representando 70,7% do total nacional (INE, 2017).

Uma parte muito significativa das organizações não lucrativas, como é o caso das Associações Humanitárias de Bombeiros, debate-se com as questões de recrutamento e retenção dos voluntários (Ward & McKillop, 2011; Jäger, Kreutzer, & Beyes, 2009). Em Portugal, um país que tem sido fustigado todos os anos por um número elevado de incêndios, alguns de consequências trágicas, o recrutamento e retenção de bombeiros voluntários reveste-se de uma particular relevância. Vários autores têm chamado a atenção para o facto de que o estudo do perfil e das motivações dos voluntários poder melhorar significativamente as estratégias do seu recrutamento e retenção. Por exemplo, o estudo de Andersen (2003) sobre o voluntariado dos estudantes em hospitais mostra que a ligação que os indivíduos sentem com a organização determina a opção pela continuação do voluntariado. De forma idêntica, Tidwell (2005), utilizando como suporte teórico a teoria da identidade social, chega à conclusão que a retenção de voluntários está associada ao seu vínculo com a organização.

Normalmente, distinguem-se vários tipos de motivação, muitas vezes associados a modelos microeconómicos de investimento e de consumo (ver, por exemplo, Ziemek, 2006). A motivação, segundo o modelo de investimento, explica a oferta de voluntariado pelo desejo que os indivíduos têm de melhorar o seu capital humano, seja para ampliarem as possibilidades de emprego, seja para obterem uma mais valia salarial. O modelo de consumo, por outro lado, enfatiza a utilidade subjetiva que é retirada pelo prazer de dar e ajudar os outros. É também comum, na literatura especializada, relacionar os diferentes tipos ou modelos de motivação com diversas características dos voluntários. De uma forma geral, alguns atributos dos voluntários, designadamente o sexo, a idade, o grau de escolarização, o rendimento e os anos de voluntariado, têm sido relacionados com diferentes tipos de motivação.

Em relação às diferenças segundo o sexo, são vários os estudos que apontam que as mulheres, em relação aos homens, são mais motivadas para o voluntariado por razões altruístas (Eckel & Grossman, 2008; Themudo, 2006; Wilson, 2000). Por outro lado, as principais motivações para o voluntariado nos homens residem nas razões sociais (Madaran & Caterrall, 2000) e no interesse próprio (Ziemek, 2006). Porém, os resultados são, por vezes, bastante ambíguos. Por exemplo, Andreoni e Vesterlund (2001) defendem que a questão sobre quem é “o sexo mais generoso” não tem uma resposta fácil. Os resultados investigação destes autores, baseados na teoria dos jogos, salientam que o altruísmo depende do tipo de voluntariado. Quando o altruísmo envolve custos mais elevados, as mulheres são mais generosas, mas quando implica custos mais baixos os homens tendem a ser mais altruístas. Para outros autores, a cultura institucional e o papel das mulheres na sociedade são elementos determinantes na configuração das preferências e das tendências altruístas (Gneezy, Leonard, & List, 2009; Gong, Yan, & Yang, 2014). Assim, o padrão frequentemente encontrado nos estudos norte-americanos caracterizado por um maior altruísmo das mulheres, não pode ser universalizado para todo o tipo de sociedades. Na verdade, os autores mostram que, em determinadas sociedades de características matriarcais, as mulheres parecem ser mais guiadas pelo interesse próprio e menos pelo altruísmo.

É também avançado por vários autores que a idade é um fator diferenciador no tipo de motivação para o voluntariado. Ziemek (2006) e Peterson (2004) mostram que os jovens tendem a apresentar motivações mais ligadas a um modelo de investimento pessoal, isto é, veem no voluntariado uma forma de elevar o seu capital humano e as suas perspetivas de empregabilidade. De forma idêntica, Nichols e Raltson (2016) concluem, num estudo sobre o voluntariado nos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, que os voluntários de escalões etários mais elevados tendem a expressar valores altruístas, enquanto as camadas etárias mais jovens são maioritariamente motivadas pela perspetiva de melhorar a sua empregabilidade. Todavia, esta dicotomia torna-se mais esbatida quando os autores combinam a análise quantitativa com métodos qualitativos, demonstrando que os voluntários de maior idade podem também ser motivados pelo interesse próprio. Okun e Schuktz (2003), mostram que a relação entre a idade, os valores e as razões sociais que motivam voluntariado está longe de ser linear, o que contraria uma boa parte dos estudos sobre o voluntariado.

O nível de escolarização também é uma das variáveis apontadas como influenciadora do tipo de motivação que explicam as atividades de voluntariado. As hipóteses adiantadas na literatura sustentam que os fatores determinantes para o voluntariado nos grupos sociais com níveis mais baixos de escolarização estão ligados à vontade de ganhar experiência educacional e prática, elevando dessa forma o seu perfil na comunidade (Clary, Snyder, & Stukas, 1996). Por sua vez, os indivíduos com níveis de escolarização mais elevados estão dominantemente motivados por razões altruístas (Ward & McKillop, 2011; Wilson, 2000).

Alguns estudos sobre a relação entre o nível de rendimento e a motivação para o voluntariado têm mostrado que existe uma correlação positiva entre aquelas duas variáveis. Desta forma, indivíduos que auferem rendimentos mais elevados encontram-se, globalmente, mais motivados para dedicarem algum do seu tempo às atividades de voluntariado do que aqueles que se situam nos escalões de rendimento mais baixo (Detollenaere, Baert, & Willems, 2017). Porém, escasseiam as investigações sobre a relação entre os diferentes tipos de motivação para o voluntariado e os níveis de rendimento. As referências que existem sobre esta relação apontam no sentido de que os escalões mais baixos de rendimento tendem a voluntariar-se para elevar o seu nível de capital humano e, assim, aumentarem as possibilidades de obtenção de uma mais valia salarial, enquanto as razões que explicam as atividades de voluntariado das classes de rendimentos mais elevado estão, sobretudo, ligadas a razões altruístas e às necessidades de interação social. No entanto, uma vez mais os resultados empíricos são, por vezes, ambíguos e aquelas relações nem sempre são lineares (Hackl, Halla, & Pruckner, 2007).

A relação entre o tempo de permanência na organização e as determinantes do voluntariado é, igualmente, um dos temas abordados na literatura sobre o voluntariado. Os resultados encontrados em diferentes estudos apontam para a distinção entre dois tipos de voluntários: os iniciantes e os experientes. É sugerido que os motivos que justificam a oferta de trabalho voluntário evoluem ao longo do tempo (Thomas & Finch, 1990; Tschirhart, Mesh, Miller, & Lee, 2001), defendendo-se que os voluntários de longo prazo são mais motivados pelo altruísmo, enquanto os voluntários que estão há menos tempo na organização são mais estimulados pelas possibilidades de elevar o seu nível de capital humano e pelo desejo de desenvolverem as suas interações sociais (Ward & McKillop, 2011).

O nosso estudo centra-se neste debate e tem como objetivo perceber, em primeiro lugar, quais os fatores que, de uma forma geral, motivam os bombeiros para o voluntariado e, em segundo lugar, perceber de que forma as características dos voluntários, nomeadamente no que dizem respeito ao sexo, idade, grau de escolarização, rendimento e anos de voluntariado, podem estar relacionadas com os diferentes tipos de motivação.

Como a motivação é um constructo complexo e difícil de entender na sua totalidade, seguimos no nosso estudo a proposta apresentada por Ward e Mckilop (2011). Estes autores utilizam um paradigma simplificado que utiliza um número relativamente reduzido de fatores chave na motivação, identificados na literatura, assumindo-se que explicam uma larga proporção das atividades de voluntariado. São assim identificados 17 fatores de motivação, mais à frente descritos (Tabela 1), agrupados em três tipos de motivação: a motivação pelo ato do voluntariado, a motivação pelos resultados do voluntariado (onde se inclui o altruísmo) e a motivação para melhorar o capital humano.

 

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MÉTODO

Participantes

Participaram na pesquisa os corpos ativos de duas associações de bombeiros voluntários (n = 126). Apresentam uma idade média de 36,06 anos (DP = 12,46), a maioria dos participantes pertence ao sexo masculino (n = 84; 66,7%), é casada (n = 53; 42,1%), tem como habilitações o ensino secundário (n = 74; 58,7%), 83 (65,9%) aufere um rendimento mensal compreendido entre os 500€ e os 1000€ e encontra-se há mais de dez anos na associação respetiva como voluntários (n = 66; 52,4%) (Tabela 1).

 

 

 

TABELA 1

Caracterização Sociodemográfica

 

 

 

M(DP)

 

 

Idade

36,06 (12,46)

 

 

n

%

 

 

Sexo

Masculino

84

66,7

 

 

Feminino

41

32,5

 

 

Não respondeu

1

0,8

 

 

Estado Civil

Solteiro(a)

53

42,1

 

 

Casado(a)/união de facto

55

43,7

 

 

Divorciado(a)

15

11,9

 

 

Viúvo(a)

3

2,4

 

 

Escolaridade

Ensino básico

38

30,2

 

 

Ensino secundário

74

58,7

 

 

Ensino superior (1.º e 2.º ciclo)

13

10,4

 

 

Não responde

1

0,8

 

 

Rendimento Líquido Mensal

Entre 500-1000€

83

65,9

 

 

Entre 1000-1500€

15

11,9

 

 

Entre 1500-2500€

4

3,2

 

 

Mais de 2500

1

0,8

 

 

Não responde (inclui 1 desempregado e 7 estudantes)

23

18,3

 

 

Tempo na instituição

< 2 anos

12

9,5

 

 

2-10 anos

48

38,1

 

 

>10 anos

66

52,4

 

 

Nota. n = Frequência; M = Média; DP = Desvio-padrão; % = Percentagem.

 

 

Instrumento

Os dados foram recolhidos através do questionário, elaborado por Anne Ward e Donal Mckillop (2011), que avalia a motivação para o voluntariado (Quadro 1). Possui 17 afirmações pontuadas numa escala de Likert de 7 pontos cujo ponto mínimo é 1 (discordo totalmente) e o ponto máximo é 7 (concordo totalmente). O questionário encontra-se dividido em três tipos de motivação: “agir”, “capital humano” e “resultados”. A dimensão “agir” (A, B, C, D, E e F) apresenta três indicadores/áreas “prazer” (A, C e D), “interesse” (B) e “interação social” (E e F). O “capital humano” é medido através de três itens (G, H e I) referente a dois indicadores/áreas “egoísta no plano material” (G e I) e “egoísta” (H). Por último, os “resultados” (J, K, L, M, N, O, P e Q) medido através de três indicadores/áreas “altruísta” (J, K, L e M), “necessidade” (N e O) e “dever moral” (P e Q).

No nosso estudo, o questionário obteve bons valores de consistência interna (α/Total dos itens = 0,83; “Agir” = 0,74; “Capital Humano” = 0,60 e “Resultados” = 0,70).

 

 

 

QUADRO 1

Tipos de Motivação no Voluntariado

 

 

Itens

Tipos de motivação

 

 

A.    Sinto-me satisfeito a fazer voluntariado.

Agir (prazer)

 

 

 

B.    Faço voluntariado porque é interessante.

Agir (prazer)

 

 

 

C.   Fico feliz com as ações de voluntariado.

Agir (prazer)

 

 

 

D.   Faço voluntariado porque gosto de estar ocupado.

Agir (prazer)

 

 

 

E.    Faço voluntariado porque gosto de conhecer pessoas e da interação social.

Agir (social)

 

 

 

F.    Voluntario-me porque conheço os outros voluntários.

Agir (social)

 

 

 

G.   Ganho uma experiência educacional/cultural.

Capital humano (material-egoísta)

 

 

 

H.   Ao voluntariar-me melhoro a minha imagem para com a comunidade.

Capital humano (egoísta)

 

 

 

I.     Voluntario-me porque estou a ganhar experiência prática para um emprego pago no futuro.

Capital humano (material-egoísta)

 

 

 

J.     Estou a fazer algo útil.

Resultados/Saída (altruísta)

 

 

 

K.    É uma grande oportunidade para ajudar quem mais precisa na comunidade.

Resultados/Saída (altruísta)

 

 

 

L.    Estou a contribuir para uma sociedade melhor.

Resultados/Saída (altruísta)

 

 

 

M.   Voluntario-me porque estou a contribuir para o futuro da empresa/organização.

Resultados/Saída (altruísta)

 

 

 

N.   Faço voluntariado porque a empresa/organização teria dificuldade em arranjar outros voluntários.

Resultados/Saída (necessidade)

 

 

 

O.   Voluntario-me porque a empresa/organização beneficia com a minha experiência.

Resultados/Saída (necessidade)

 

 

 

P.    Faco voluntariado porque já o fiz no passado ou a minha família o fez.

Resultados/Saída (dever moral)

 

 

 

Q.   Faço voluntariado porque a minha família / amigos esperam isso de mim.

Resultados/Saída (dever moral)

 

 

Nota. Baseado em Ward e Mckillop (2011).

 

 

Análise estatística

Na análise dos dados foi utilizado o Statistical Package for the Social Sciences (IBM-SPSS), versão 24. Calculámos medidas de estatísticas descritivas nomeadamente medidas de tendência central a par das medidas de dispersão. Os testes não paramétricos Kruskal-Wallis e o U de Mann-Whitney foram utilizados para determinar diferenças. Usou-se o nível de significância de 0,05.

 

 

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RESULTADOS

 

 

Como se pode observar, na Tabela 2, é nos “Resultados” que obtemos os valores médios simultaneamente mais elevados e mais baixos. O item K – “É uma grande oportunidade para ajudar quem mais precisa na comunidade”, relativo ao indicador/área “altruísta”, obtém a média superior (M = 6,27; DP = 1,10) enquanto o item Q – “Faço voluntariado porque a minha família / amigos esperam isso de mim”, indicador/área relativo ao “dever moral”, obtém a média mais baixa (M = 4,23; DP = 2,39).

 

 

 

TABELA 2

Medidas de Tendência Central e de Dispersão dos Itens da Escala

 

 

 

Agir

 

Capital Humano

 

Resultados

 

 

 

A

B

C

D

E

F

 

G

H

I

 

J

K

L

M

N

O

P

Q

 

 

Ordem

4

6

2,5

10

9

12

 

7

9

16

 

5

1

2,5

8

13

11

14

15

 

 

M

6,18

5,90

6,22

5,12

5,51

4,94

 

5,87

5,19

4,21

 

6,10

6,27

6,22

5,54

4,58

5,06

4,56

4,23

 

 

Md

7

6

7

6

6

5

 

6

6

4

 

6

7

7

6

5

6

5

5

 

 

DP

1,17

1,28

1,07

1,86

1,57

1,84

 

1,27

1,85

2,21

 

1,15

1,10

0,97

1,59

2,07

1,85

2,12

2,39

 

 

R

6

6

6

6

6

6

 

6

6

6

 

6

6

4

6

6

6

6

6

 

 

Min-Max

1 - 7

1 - 7

1 - 7

1 - 7

1 - 7

1 - 7

 

1 - 7

1 - 7

 

1 - 7

1 - 7

1 - 7

3 - 7

1 - 7

1 - 7

1 - 7

 

 

% (5 - 7)*

93,6

89,5

94,3

74,2

80

68

 

86,4

72,8

58,4

 

92

93,6

92

80

61,6

71,8

61,3

69,6

 

 

Nota. * percentagem de respostas obtidas nos pontos 5, 6 e 7 da escala de Likert de 7 pontos em que o ponto mínimo é 1 (discordo totalmente) e o ponto máximo é de 7 (concordo totalmente). Cores relativas às dimensões/áreas: Ato/agir azul = prazer, amarelo = interesse, verde = social; Capital Humano amarelo = material-egoísta, verde = egoísta; Resultados verde = altruísta, amarelo = necessidade e azul = dever moral.

 

 

A Tabela 3 apresenta as pontuações obtidas nos itens relativos à motivação para o voluntariado, segundo o sexo. É nos itens relativos ao “capital humano” e aos “resultados” que se observam diferenças estatisticamente significativas, quando comparamos os efetivos do sexo masculino com os do sexo feminino nos corpos de bombeiros. O teste Mann-Whitney revela diferenças estatisticamente significativas entre os elementos do sexo masculino (Md = 6; n = 83) e do sexo feminino (Md = 5; n = 41) no item “H - Ao voluntariar-me melhoro a minha imagem para com a comunidade”, indicador “egoísta” do “capital humano”, U = 1280,00; z = –2,302; p = 0,021. São, igualmente, reportadas diferenças estatisticamente significativas, nos itens “L – Estou a contribuir para uma sociedade melhor” e “M – Voluntario-me porque estou a contribuir para o futuro da empresa/organização”, indicadores “altruístas” dos “resultados” quando comparamos os elementos do sexo masculino (Md = 7; n = 83 – L; Md = 6, n = 83 – M) com os elementos do sexo feminino (Md = 6; n = 41 – L; Md = 5; n = 41  – M), U = 1291,50, z = –2.376, p = 0,018 e U = 1138,50; z = –3,101, p = 0,002, respetivamente. No item “O – Voluntario-me porque a empresa/organização beneficia com a minha experiência”, indicador “necessidade” dos “resultados” são igualmente detetadas diferenças estaticamente significativas entre os elementos do sexo masculino (Md = 6; n = 83) e do sexo feminino (Md = 5; n = 41); U = 1253,00; z = –2,351; p = 0,019.

 

 

 

TABELA 3

Medidas de Tendência Central, de Dispersão e de Comparação de Grupos (U de Mann Whitney) na Motivação para o Voluntariado Consoante o Sexo

 

 

 

 

Agir

 

Capital Humano

 

Resultados

 

 

Sexo

A

B

C

D

E

F

 

G

H

I

 

J

K

L

M

N

O

P

Q

 

 

Masc.

 

M

6,22

5,85

6,28

5,02

5,45

4,98

 

5,98

5,47

4,17

 

6,19

6,37

6,42

5,83

4,69

5,26

4,73

4,35

 

 

Md

7

6

7

6

6

5

 

6

6

4

 

7

7

7

6

5

6

5

5

 

 

DP

1,20

1,40

1,05

1,96

1,70

1,93

 

1,22

1,71

2,29

 

1,08

1,03

0,74

1,49

2,14

1,90

2,13

2,35

 

 

R

6

6

6

6

6

6

 

6

6

6

 

6

6

3

6

6

6

6

6

 

 

Fem.

 

M

6,10

6,00

6,08

5,32

5,61

4,83

 

5,63

4,66

4,37

 

5,88

6,05

5,85

5,00

4,37

4,66

4,24

4,07

 

 

Md

6

6

6,5

6

6

5

 

6

5

5

 

6

6

6

5

5

5

5

5

 

 

DP

1,14

1,05

1,12

1,67

1,30

1,69

 

1,36

2,03

2,02

 

1,25

1,20

1,22

1,67

1,97

1,74

2,10

2,46

 

 

R

4

4

4

6

5

6

 

5

6

6

 

5

4

6

6

6

6

6

6

 

 

① vs. ②

 

+

-

+

-

-

+

 

+

+*

-

 

+

+

+*

+*

+

+*

+

+

 

 

Nota. Masc. = Sexo masculino; Fem. = Feminino. Cores relativas às dimensões/áreas: Ato/agir azul = prazer, amarelo = interesse, verde = social; Capital Humano amarelo = material-egoísta, verde = egoísta; Resultados verde = altruísta, amarelo = necessidade e azul = dever moral.

 

 

A Tabela 4 apresenta as pontuações obtidas nos itens relativos à motivação para o voluntariado segundo as idades, em classes. Nos itens “G – Ganho uma experiência cultural” – indicador “material-egoísta” do “capital humano” e “N – Faço voluntariado porque a empresa/organização teria dificuldade em arranjar outros voluntários”, indicador “necessidade” dos “resultados” obtemos diferenças estatisticamente significativas, quando comparamos as pontuações desses itens, consoante as classes etárias. O teste Kruskal-Wallis revela diferenças estatisticamente significativas nas pontuações do item “G – Ganho uma experiência cultural” indicador “material-egoísta” do “capital humano”, consoante as classes etárias (Gp1, n = 80: < 40 anos; Gp2, n = 40: 40–59 anos; Gp3, n = 5: 60+ anos), χ2(2, n = 125) = 7,41, p = 0,025. As diferenças, no caso do item “G – Ganho uma experiência educacional/cultural”, são constatadas nas pontuações entre o Gp1 (< 40 anos) e o Gp2 (40-59 anos) (Md = 6 vs. Md = 7), U = 1178,00; z = –2,477; p = 0,013. Já no item “N – Faço voluntariado porque a empresa/organização teria dificuldade em arranjar outros voluntários”, indicador “necessidade” dos “resultados”, verificamos diferenças estatisticamente significativas, χ2(2, n = 125) = 6,68, p = 0,035. As diferenças, estaticamente significativas, são obtidas quando comparamos as pontuações dos bombeiros com idades mais baixas Gp1 (< 40 anos) e os bombeiros com idades mais elevadas Gp3 (60+ anos) (Md = 5 vs. Md = 6), U = 82,00; z = –2,240; p = 0,025.

 

 

 

TABELA 4

Medidas de Tendência Central, de Dispersão e de Comparação de Grupos (Kruskal-Wallis e U de Mann Whitney) na Motivação para o Voluntariado Consoante a Idade

 

 

 

 

Agir

 

Capital Humano

 

Resultados

 

 

Idade

A

B

C

D

E

F

 

G

H

I

 

J

K

L

M

N

O

P

Q

 

 

< 40

 

M

6,33

6,01

6,35

5,10

5,69

4,75

 

5,70

5,00

3,91

 

6,13

6,33

6,19

5,44

4,34

4,94

4,38

3,91

 

 

Md

7

6

7

6

6

5

 

6

5

4

 

7

7

7

6

5

5

5

4

 

 

DP

0,88

1,04

0,92

1,83

1,42

1,85

 

1,32

1,99

2,14

 

1,11

1,06

1,04

1,65

2,02

1,89

2,11

2,39

 

 

R

4

4

4

6

6

6

 

5

6

6

 

6

5

4

6

6

6

6

6

 

 

40-59

 

M

6,03

5,73

6,08

5,08

5,15

5,20

 

6,33

5,55

4,68

 

6,10

6,20

6,30

5,75

4,85

5,28

4,85

4,80

 

 

Md

7

6

7

6

6

6

 

7

6

6

 

7

7

7

6

6

6

6

6

 

 

DP

1,56

1,68

1,25

2,02

1,83

1,88

 

0,86

1,58

2,36

 

1,26

1,22

0,85

1,56

2,20

1,88

2,11

2,34

 

 

R

6

6

6

6

6

6

 

3

6

6

 

6

6

3

6

6

6

6

6

 

 

60 +

 

M

5,20

5,60

5,40

5,80

5,60

5,80

 

5,00

5,40

5,20

 

5,60

6,00

6,00

5,60

6,20

5,40

5,00

4,80

 

 

Md

6

6

6

6

6

6

 

6

6

5

 

6

6

6

6

6

5

6

6

 

 

DP

1,30

1,14

1,34

1,10

1,52

0,84

 

2,24

0,89

1,30

 

0,89

0,00

0,71

0,55

0,45

0,55

2,35

2,17

 

 

R

3

3

3

3

4

2

 

5

2

3

 

2

0

2

1

1

1

6

5

 

 

vs.

+

+

+

+

+

-

 

-*

-

+

 

-

+

-

-

-

-

-

-

 

 

vs.

+

+

-

-

-

-

 

+

-

+

 

+

+

+

-

-*

+

+

-

 

 

vs.

+

+

+

-

-

-

 

+

+

+

 

+

+

+

+

-

-

-

=

 

 

Nota. Idades inferiores a 40 anos = < 40; idades compreendidas entre 40-59 anos = 40-59; idades superiores a 60 anos =  60+ . Cores relativas às dimensões/áreas: Ato/agir azul = prazer, amarelo = interesse, verde = social; Capital Humano amarelo = material-egoísta, verde = egoísta; Resultados verde = altruísta, amarelo = necessidade e azul = dever moral.

 

 

Na Tabela 5 constam as pontuações dos diferentes itens consoante a escolaridade. Existem diferenças em dois itens, o “A - Sinto-me satisfeito a fazer voluntariado” e o “H - Ao voluntariar-me melhoro a minha imagem para com a comunidade”. A pontuação do item “A - Sinto-me satisfeito a fazer voluntariado”, relativo ao indicador “prazer” do “Agir” apresenta, segundo o teste Kruskal-Wallis, diferenças estatisticamente significativas, consoante o nível de escolaridade (Gp1, n = 37: básica; Gp2, n = 74: secundária; Gp3, n = 13: 1.º 2.º ciclo), χ2(2, n = 125) = 7,72, p = 0,021. As diferenças, no caso do item “A – Sinto-me satisfeito a fazer voluntariado”, são constatadas nas pontuações entre o Gp1 (básico) e o Gp2 (secundário) (Md = 6 vs. Md = 7), U = 964,00; z = –2,781; p = 0,005. Relativamente ao item “H – Ao voluntariar-me melhoro a minha imagem para com a comunidade”, indicador “egoísta” do “capital humano”, este apresenta igualmente diferenças estatisticamente significativas consoante o nível de escolaridade (Gp1, n = 37: básica; Gp2, n = 74: secundária; Gp3, n = 13: 1.º 2.º ciclo), χ2(2, n = 125) = 6,39; p = 0,041. As diferenças, no caso do item “H - Ao voluntariar-me melhoro a minha imagem para com a comunidade”, são constatadas nas pontuações entre o Gp1 (básico) e o Gp3 (1.º e 2.º ciclo) (Md = 6 vs. Md = 5), U = 138,00; z = –2,339, p = 0,019.

 

 

 

TABELA 5

Medidas de Tendência Central, de Dispersão e de Comparação de Grupos (Kruskal-Wallis e U de Mann Whitney) na Motivação para o Voluntariado Consoante o Nível de Escolaridade

 

 

 

 

Agir

 

Capital Humano

 

Resultados

 

 

Escolaridade

A

B

C

D

E

F

 

G

H

I

 

J

K

L

M

N

O

P

Q

 

 

Básica

M

5,73

5,57

6,05

5,27

5,35

5,16

 

6,05

5,76

4,51

 

6,00

6,27

6,41

5,89

4,86

5,41

4,78

4,81

 

 

Md

6

6

6

6

6

5

 

6

6

5

 

6

7

7

6

5

6

6

6

 

 

DP

1,54

1,69

1,35

1,84

1,74

1,74

 

1,20

1,52

2,13

 

1,22

1,12

0,76

1,24

2,08

1,71

2,11

2,32

 

 

R

6

6

6

6

6

6

 

6

6

6

 

6

6

3

6

6

6

6

6

 

 

Sec.

M

6,41

6,07

6,32

5,03

5,70

4,85

 

5,91

5,07

4,01

 

6,26

6,39

6,23

5,51

4,32

4,88

4,47

3,88

 

 

Md

7

6

7

6

6

5

 

6

5

4

 

7

7

7

6

5

6

5

4

 

 

DP

0,94

1,07

0,92

1,95

1,33

1,89

 

1,14

1,90

2,17

 

0,94

0,86

0,96

1,64

2,13

1,97

2,12

2,38

 

 

R

4

5

3

6

6

6

 

4

6

6

 

3

3

3

6

6

6

6

6

 

 

1º e 2º

M

6,31

6,00

6,15

5,15

4,77

4,62

 

5,15

4,31

4,38

 

5,46

5,62

5,69

4,77

5,08

5,15

4,31

4,54

 

 

Md

7

6

7

5

5

5

 

6

5

6

 

6

7

6

4

6

5

5

6

 

 

DP

0,85

0,91

0,99

1,52

2,17

1,85

 

1,95

2,10

2,75

 

1,76

1,89

1,38

2,05

1,61

1,57

2,29

2,54

 

 

R

2

3

2

6

6

5

 

5

6

6

 

6

5

4

6

5

5

6

6

 

 

vs.

*

+

+

 

+

+

+

 

+

+

+

+

+

+

 

 

vs.

+

+

+

 

+

+*

+

 

+

+

+

+

+

+

+

 

 

vs.

+

+

+

+

+

 

+

+

 

+

+

+

+

+

 

 

Nota. Escolaridade básica = Básica ; Secundária = Sec. ; Primeiro e segundo ciclos = 1º e 2º . Cores relativas às dimensões/áreas: Ato/agir azul = prazer, amarelo = interesse, verde = social; Capital Humano amarelo = material-egoísta, verde = egoísta; Resultados verde = altruísta, amarelo = necessidade e azul = dever moral.

 

 

A Tabela 6 apresenta as pontuações dos diferentes itens consoante o rendimento. Segundo o teste Kruskal-Wallis existem diferenças estatisticamente significativas, nas pontuações dos itens “J - Estou a fazer algo útil”, “K – É uma grande oportunidade para ajudar quem mais precisa na comunidade” e “M – Voluntario-me porque estou a contribuir para o futuro da empresa/organização”, relativas ao indicador “egoísta” dos “resultados” consoante o rendimento (Gp1, n = 82: 500-1000; Gp2, n = 15: 1000-1500, Gp3, n = 4: l500-2500) χ2(2, n = 126) = 6,272; p = 0,043, χ2(2, n = 126) = 9,750; p = 0,008 e χ2(2, n = 126) = 8,808; p = 0,012, respetivamente. As diferenças, no caso do item “J – Estou a fazer algo útil”, são constatadas nas pontuações entre o Gp1 (500-1000) e o Gp3 (1500-2500) (Md = 7 vs.  Md = 5), U = 59,00; z = –2,328, p = 0,020. No item “K – É uma grande oportunidade para ajudar quem mais precisa na comunidade”, são constatadas diferenças nas pontuações tanto entre o Gp1 (500-1000) e o Gp3 (1500-2500) (Md = 7 vs. Md = 4), U = 27,00; z = –3,133, p = 0,002, como entre o Gp2 (1000-1500) e o Gp3 (1500-2500) (Md = 7 vs. Md = 4), U = 8,00; z = –2,310; p = 0,021. No que concerne ao item “M – Voluntario-me porque estou a contribuir para o futuro da empresa/organização”, são constatadas diferenças nas pontuações entre o Gp1 (500-1000) e o Gp3 (1500-2500) (Md = 6 vs. Md = 4), U = 30,50; z = –2,858; p = 0,004 como entre o Gp2 (1000-1500) e o Gp3 (1500-2500) (Md = 6 vs. Md = 4), U = 8,50; z = –2,243; p = 0,025.

 

 

 

TABELA 6

Medidas de Tendência Central, de Dispersão e de Comparação de Grupos (Kruskal-Wallis e U de Mann Whitney) na Motivação para o Voluntariado Consoante o Rendimento

 

 

 

 

Agir

 

Capital Humano

 

Resultados

 

 

Rendimento

A

B

C

D

E

F

 

G

H

I

 

J

K

L

M

N

O

P

Q

 

 

500-1000

M

6,18

5,86

6,14

5,20

5,62

5,09

 

5,94

5,46

4,38

 

6,17

6,37

6,22

5,80

4,60

5,25

4,52

4,29

 

 

Md

7,0

6,0

6,0

6,0

6,0

5,0

 

6,0

6,0

5,0

 

7,0

7,0

6,5

6,0

5,0

6,0

5,0

5,0

 

 

DP

1,17

1,31

1,12

1,79

1,51

1,75

 

1,21

1,69

2,15

 

1,12

1,00

0,94

1,40

2,03

1,75

2,03

2,42

 

 

R

6

6

6

6

6

6

 

6

6

6

 

6

6

3

6

6

6

6

6

 

 

1000-1500

M

6,13

6,07

6,07

5,13

5,13

4,80

 

5,60

4,87

4,73

 

5,80

6,13

6,00

5,33

5,20

4,93

5,07

5,27

 

 

Md

6

6

6

6

6

5

 

6

5

6

 

6

7

6

6

6

5

6

6

 

 

DP

1,13

1,10

1,16

1,96

1,77

2,01

 

1,64

2,13

2,46

 

1,52

1,36

1,25

1,68

2,08

1,83

2,31

2,19

 

 

R

4

4

4

6

6

6

 

5

6

6

 

6

5

4

5

6

6

6

6

 

 

1500-2500

M

5,00

4,80

5,60

4,40

4,00

4,00

 

5,60

5,40

4,40

 

5,40

4,60

5,80

3,80

4,20

5,40

4,80

5,00

 

 

Md

5

5

5

5

6

5

 

6

6

4

 

5

4

6

4

4

6

5

6

 

 

DP

2,45

2,28

0,89

2,07

2,74

2,35

 

2,07

2,07

2,61

 

1,14

1,82

1,30

2,39

2,39

1,82

2,49

2,55

 

 

R

6

6

2

5

5

5

 

5

5

6

 

3

4

3

6

6

4

6

6

 

 

vs.

+

-

+

+

+

+

 

+

+

-

 

+

+

+

-

-

+

-

-

 

 

vs.

+

+

+

+

+

+

 

+

+

-

 

+*

-*

+

+*

+

-

-

-

 

 

vs.

+

+

+

+

+

+

 

=

-

+

 

+

+*

+

+*

+

-

-

-

 

 

Nota. Rendimento entre 500 e 1000€ = 500-1000 ; Rendimento entre 1000 e 1500€ = 1000-1500 ; Rendimento entre 1500 e 2500€ = 1500-2500 . Cores relativas às dimensões/áreas: Ato/agir azul = prazer, amarelo = interesse, verde = social; Capital Humano amarelo = material-egoísta, verde = egoísta; Resultados verde = altruísta, amarelo = necessidade e azul = dever moral.

 

 

A Tabela 7 apresenta as pontuações dos diferentes itens consoante os anos de voluntariado. Foram observadas diferenças estatisticamente significativas em itens dos “resultados”, nomeadamente no indicador “K – É uma grande oportunidade para ajudar quem mais precisa na comunidade”, indicador “altruísta” e “O Voluntario-me porque a empresa/organização beneficia com a minha experiência”, indicador “necessidade”, quando comparamos os bombeiros com diferentes anos de voluntariado (Gp1, n = 12: > 2 anos; Gp2, n = 48: 2-10 anos, Gp3, n = 66: >10 anos), χ2(2, n = 126) = 7,173; p = 0,028, e χ2(2, n = 126) = 9,160; p = 0,010, respetivamente. No que concerne ao indicador “K – É uma grande oportunidade para ajudar quem mais precisa na comunidade”, indicador “altruísta”, são constatadas diferenças tanto nas pontuações entre o Gp1 (> 2 anos) e o Gp2 (2-10 anos) (Md = 6 vs.  Md = 7), U = 162,50; z = –2,496; p = 0,013, como entre o Gp1 (> 2 anos) e o Gp3 (>10 anos) (Md = 6 vs. Md = 7), U = 231,50; z = –2,504; p = 0,012. Relativamente ao indicador “O Voluntario-me porque a empresa/organização beneficia com a minha experiência”, indicador “necessidade”, são constatadas diferenças nas pontuações entre o Gp2 (2-10 anos) e o Gp3 (>10 anos) (Md = 5 vs. Md = 6), U = 1032,00; z = –2,95; p = 0,003.

 

 

 

TABELA 7

Medidas de Tendência Central, de Dispersão e de Comparação de Grupos (Kruskal-Wallis e U de Mann Whitney) na Motivação para o Voluntariado Consoante os Anos de Voluntariado

 

 

 

 

Agir

 

Capital Humano

 

Resultados

 

 

Anos

A

B

C

D

E

F

 

G

H

I

 

J

K

L

M

N

O

P

Q

 

 

< 2

M

5,67

5,33

5,92

5,25

4,92

5,00

 

5,33

4,75

5,25

 

5,58

5,50

5,83

5,00

4,75

5,25

4,75

4,67

 

 

Md

6,0

5,5

6,0

5,5

5,0

5,0

 

5,5

5,0

5,5

 

6,0

6,0

6,0

5,0

5,0

5,0

4,5

4,5

 

 

DP

1,23

1,23

1,31

1,14

1,51

1,41

 

1,56

1,14

1,29

 

1,00

1,31

1,03

1,71

1,66

1,14

1,29

1,83

 

 

R

4

4

4

4

6

5

 

5

4

4

 

3

4

3

5

6

3

4

5

 

 

2 – 10

M

6,17

6,09

6,24

4,87

5,62

4,74

 

5,79

5,00

4,34

 

6,23

6,38

6,17

5,38

4,28

4,48

4,54

3,68

 

 

Md

6

6

7

6