TY - JOUR AU - Vaqueiro Domingues, Andreia Filipa AU - Marques, Mariana Vaz Pires AU - Simões, Sónia Catarina Carvalho PY - 2017/02/28 Y2 - 2024/03/28 TI - Estudo preliminar de adaptação e validação da Escala de Tolerância à Infidelidade JF - Revista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social JA - Rev Port Inv Comp Soc VL - 3 IS - 1 SE - Artigo Original DO - 10.7342/ismt.rpics.2017.3.1.46 UR - https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/46 SP - 27–40 AB - <p><strong>Contexto e Objetivo</strong>: Em Portugal, não encontrámos estudos e instrumentos que avaliassem, para a população portuguesa, a tolerância à infidelidade. Este estudo preliminar pretendeu, assim, avaliar e adaptar para a população portuguesa a <em>Escala de Tolerância à Infidelidade</em> e explorar associações entre a tolerância à infidelidade, variáveis sociodemográficas, relacionais e relativas à infidelidade, autocriticismo e autocompaixão.&nbsp;<strong>Métodos</strong>: 223 participantes (sexo feminino, <em>n = </em>155; 69,5%), entre os 18 e os 67 anos, preencheram um questionário sociodemográfico e com questões relacionais e relativas à infidelidade, a <em>Escala de Tolerância à Infidelidade</em>, a<em> Escala de Autocompaixão</em> e a <em>Escala das Formas do Autocriticismo e de Autotranquilização.&nbsp;</em><strong>Resultados</strong>: A versão adaptada para a população portuguesa da Escala de Tolerância à Infidelidade mostrou apresentar duas dimensões: <em>tolerância à infidelidade sexual</em> e <em>tolerância à infidelidade emocional.</em> Ambas revelaram boa consistência interna (respetivamente, α <em>=</em> 0,896; α <em>=</em> 0,878). A <em>tolerância à infidelidade sexual</em> revelou boa estabilidade temporal e a <em>tolerância à infidelidade emocional</em> muito boa estabilidade temporal. Não se verificaram diferenças nas duas dimensões por sexo, embora tenham sido encontradas diferenças em algumas dimensões das escalas que avaliam autocompaixão e autocriticismo. Os participantes casados ou em união de facto apresentaram maior <em>tolerância à infidelidade sexual</em>, por oposição com os solteiros, viúvos, separados e divorciados. Quem relatou não ter tido dificuldade em perdoar uma situação de infidelidade apresentou maior <em>tolerância à infidelidade sexual</em> e <em>emocional</em>, do que quem expressou dificuldade em perdoar.&nbsp;<strong>Conclusões</strong>: A Escala de Tolerância à Infidelidade mostrou possuir boas características psicométricas, podendo ser considerada como válida para ser usada na população portuguesa. Verificou-se, igualmente, que estar casado ou coabitar com alguém parece associar-se a maior tolerância à infidelidade sexual e que quem tem maior dificuldade em perdoar uma situação de infidelidade, de forma congruente, apresenta menor tolerância à infidelidade.</p> ER -