Revista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social
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<p><img src="https://rpics.ismt.pt/public/site/images/hespiritosanto/capa_rev_inv_comp_e_social_-sem_volume_pt-peq.jpg" /></p> <p>A <strong>Revista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social</strong> (RPICS) é uma revista multidisciplinar com revisão por pares publicada semestralmente pelo Departamento de Investigação & Desenvolvimento do Instituto Superior Miguel Torga.</p> <p>A <strong>RPICS</strong> aceita para publicação artigos de investigação original e artigos de revisão nas áreas das Ciências Comportamentais e Sociais, submetidos por especialistas e investigadores.</p> <p>A <strong>RPICS</strong> é de leitura relevante para psicólogos, assistentes sociais, sociólogos e todos os profissionais com interesse em investigação comportamental e social. </p> <p>Todo o conteúdo está disponível on-line e é de Acesso Aberto, significando que todo o conteúdo é disponibilizado gratuitamente sem encargos para os seus usuários ou instituições. 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<p><strong>Contexto</strong>: A inclusão de pessoas com deficiência no ensino superior é um importante desafio social e académico. O preconceito em relação às pessoas com deficiência pode representar uma barreira significativa para a sua integração e sucesso académico, tornando essencial o entendimento dos fatores entre os estudantes universitários. <strong>Objetivo</strong>: Este estudo descritivo e transversal teve como foco principal o preconceito em relação à deficiência e visou (1) investigar a presença de preconceito e atitudes entre estudantes universitários face à deficiência; (2) averiguar se os preconceitos e atitudes são influenciados por fatores demográficos, académicos ou pelo contacto prévio com pessoas com deficiência; e (3) explorar a relação entre o preconceito e as atitudes específicas em relação à deficiência intelectual. <strong>Métodos</strong>: A amostra incluiu 104 estudantes da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria. Utilizou-se um questionário sobre preconceito e duas escalas sobre atitudes em relação à deficiência. <strong>Resultados</strong>: Os dados sugerem um baixo preconceito face à deficiência, com atitudes favoráveis em relação à deficiência intelectual. Não se verificou relação entre preconceito e sexo, idade, ou nível de estudos. Contudo, não foi encontrada uma relação estatisticamente significativa entre o preconceito geral e as atitudes específicas em relação à deficiência intelectual. Uma relação significativa foi encontrada entre o nível socioeconómico e o preconceito. <strong>Conclusões</strong>: Estes achados podem ser fundamentais para informar futuras intervenções e políticas inclusivas destinadas a promover um ambiente de ensino superior mais inclusivo e recetivo.</p>Thais PousadaMarta NogueiraJessica Garabal-BarbeiraCélia Sousa
Direitos de Autor (c) 2023 Thais Pousada, Marta Nogueira, Jessica Garabal-Barbeira , Célia Sousa (Autor)
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2023-05-192023-05-19911–191–1910.31211/rpics.2023.9.1.294Suporte social percebido em crianças e jovens portugueses em diferentes tipologias familiares e acolhimento residencial
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<p><strong>Contexto e Objetivo</strong>: O suporte social pode ser um fator protetor para crianças/jovens, reduzindo os efeitos do stress e melhorando a estabilidade psicoemocional e relacional. Este estudo teve como objetivo conhecer o suporte social percebido em crianças e jovens portugueses e entender como é influenciado pelo contexto familiar/residencial em que vivem. <strong>Métodos</strong>: Foram aplicadas as Escalas de Perceção de Suporte Social de Amigos e Família (PSS-Par e PSS-Fam), presencialmente e através do Google Forms, a 250 crianças e jovens entre 10 e 21 anos (<em>M</em> = 16,4 anos), 25,2% em acolhimento residencial, 51,6% em famílias nucleares intactas, 13,2% em famílias monoparentais e 10,0% em famílias reconstituídas, maioritariamente do sexo feminino (55,2%). <strong>Resultados</strong>: As crianças/jovens em acolhimento residencial percecionaram menor suporte social pelos pares do que as demais (<em>p</em> < 0,05). As crianças/jovens em acolhimento percecionaram menor suporte social familiar do que os que viviam em famílias nucleares intactas (<em>p</em> < 0,05). <strong>Conclusões</strong>: Estes resultados evidenciam a importância de garantir suporte social adequado em crianças/jovens como fator protetor do desenvolvimento psicoemocional, relacional e social, especialmente às integradas em acolhimento residencial e famílias reconstituídas.</p>Paula FerreiraFátima GameiroAna Pedro
Direitos de Autor (c) 2023 Paula Ferreira, Fátima Gameiro, Ana Pedro (Autor)
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2023-04-272023-04-27911–121–1210.31211/rpics.2023.9.1.291A eficácia da terapia combinada nas estratégias de coping de hipercompensação em pacientes com perturbação de personalidade histriónica
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<p><strong>Objetivo</strong>: O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia de uma combinação de Terapia do Esquema e ACT (Terapia de Aceitação e Compromisso) na redução de estratégias de hipercompensação associadas a esquemas mal adaptativos precoces em pacientes diagnosticados com perturbação histriónica da personalidade (PHP). <strong>Métodos</strong>: Foi utilizado um desenho quase-experimental com grupo de comparação, envolvendo pré-teste, pós-teste e uma avaliação de acompanhamento de dois meses. Trinta indivíduos foram escolhidos por amostragem por conveniência e, em seguida, aleatoriamente atribuídos ao grupo de intervenção ou ao grupo de espera. O grupo de intervenção recebeu dez sessões de terapia combinada de 90 minutos, enquanto o grupo de controlo estava numa lista de espera. O MCMI-III (Inventário Multiaxial Clínico de Millon-III) e o YCI (Inventário de Compensação de Young) foram utilizados como instrumentos de pesquisa. A análise de covariância multivariada foi utilizada para controlar as diferenças pré-tratamento entre os grupos de intervenção e de espera e para avaliar o efeito da intervenção nas medidas de resultado. <strong>Resultados</strong>: O grupo de intervenção apresentou pontuações na escala de Divulgação do MCMI-III significativamente mais baixas e níveis mais baixos de YCI imediatamente pós-tratamento e na avaliação de acompanhamento de dois meses, em comparação com o grupo de controlo em lista de espera. Os tamanhos do efeito para essas comparações foram grandes a muito grandes, indicando uma melhoria significativa e clinicamente relevante no grupo de intervenção. <strong>Conclusões</strong>: Os resultados sugerem que a Terapia do Esquema combinada com ACT pode ser eficaz na redução de estratégias de compensação excessiva em pacientes com PHP. As limitações do estudo incluem a ausência de amostragem aleatória na primeira fase de triagem. Futuras pesquisas devem visar replicar esses achados com amostras maiores e populações diversas.</p>Seyyedeh Sahar Asgari GhalebinSajad Bashrpour Seyyedeh Mehsa Mousavi
Direitos de Autor (c) 2023 Seyyedeh Sahar Asgari Ghalebin, Sajad Bashrpour , Seyyedeh Mehsa Mousavi (Autor)
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2023-05-042023-05-04911–131–1310.31211/rpics.2023.9.1.287Transição de cuidados em saúde: pontos-chave para a criação e implementação de um projeto
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<p><strong>Objetivo</strong>: A transição de cuidados (TC) do hospital para o domicílio é um indicador potencial para a avaliação dos cuidados integrados e centrados nas pessoas. Este estudo qualitativo, exploratório e descritivo, teve como objetivo identificar os princípios das boas práticas da TC na alta hospitalar, através da análise de conteúdo de experiências compartilhadas por profissionais em saúde num <em>workshop</em>. <strong>Métodos</strong>: O <em>workshop</em> envolveu duas moderadoras, quatro oradoras e 24 profissionais em saúde divididos em três grupos. As oradoras apresentaram boas práticas da TC em saúde e os grupos propuseram estratégias de TC, com base nas apresentações das oradoras e nas suas experiências e conhecimentos na área da saúde. As propostas foram registadas em áudio e analisadas em termos de conteúdo. <strong>Resultados</strong>: Segundo os participantes, a criação e implementação de um projeto de TC implica contextualizar e definir: o problema/necessidade, objetivos, população-alvo, intervenientes e as suas funções, elos, parcerias de saúde-sociais-comunitárias, redes de comunicação e indicadores de avaliação de processo e resultados. <strong>Conclusão</strong>: A importância da TC na alta hospitalar foi destacada, fornecendo-se <em>insights</em> para a criação e implementação de um projeto de TC bem-sucedido.</p> <p> </p>Mónica SantosMaria Inês Espírito SantoPatricia Nascimento Patricia SilvaPaula Rocha SaraivaPaula Suarez Lopez
Direitos de Autor (c) 2023 Mónica Santos, Maria Inês Espírito Santo, Patricia Nascimento , Patricia Silva, Paula Rocha Saraiva, Paula Suarez Lopez (Autor)
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2023-04-272023-04-27911–101–1010.31211/rpics.2023.9.1.290Fertility Awareness Project: Contributo de um focus group com adolescentes portugueses
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<p><strong>Objetivo</strong>: No âmbito de um projeto destinado à promoção da<em> fertility awareness</em>, desenvolvido pela <em>Fertility Europe</em>, pretendeu-se recolher informação junto de adolescentes portugueses, relativamente às suas perceções e opiniões acerca de um possível <em>serious educational game</em> sobre este tema. <strong>Métodos</strong>: Recorreu-se à metodologia de <em>focus group</em>, tendo sido elaborado um guião de questões e definidos os critérios de inclusão e exclusão dos participantes. Após a condução do <em>focus group</em> com oito adolescentes com idades entre os 15 e 18 anos, seguiu-se a análise de dados de forma dedutiva. <strong>Resultados</strong>: Os participantes consideraram os seus conhecimentos sobre a fertilidade e os fatores que a afetam limitados, destacando a utilidade de um jogo educativo de <em>fertility awareness</em> para o aprofundamento da compreensão destes conceitos, e referiram estar disponíveis para o jogar. Os adolescentes realçaram a importância de aspetos como a componente gráfica, os atributos competitivos, a expetativa de entretenimento, o potencial de aprendizagem, tal como a disponibilização de um <em>website</em> com informação adicional. Foram também identificadas potenciais barreiras à utilização do jogo, nomeadamente o tempo despendido na sua utilização, uma divulgação inadequada, um caráter monótono e cansativo e, ainda, poder não corresponder aos interesses de alguns jovens. <strong>Conclusões</strong>: Os participantes expressaram o desejo de obter mais conhecimentos sobre a fertilidade, considerando útil o desenvolvimento de um <em>serious game</em> para este efeito e demonstrando-se disponíveis para o utilizarem. Foi possível compreender as preferências dos adolescentes relativamente às características do jogo, sugerindo-se que estas sejam tidas em conta no seu desenvolvimento.</p>Filipa Bento NogueiraAna GalhardoMariana Veloso MartinsMarina Cunha
Direitos de Autor (c) 2023 Filipa Bento Nogueira, Ana Galhardo, Mariana Veloso Martins, Marina Cunha (Autor)
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2023-03-062023-03-06911–211–2110.31211/rpics.2023.9.1.283Avaliação da flexibilidade psicológica em adolescentes: Validação da PsyFlex-A
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<p data-l-s="88514"><strong>Objetivo</strong>: Adaptar e validar a Psy-Flex para a população de adolescentes (PsyFlex-A). Pretendeu-se analisar a estrutura fatorial da escala, a invariância do modelo entre os géneros, a fidedignidade e a sua associação com variáveis sociodemográficas e outras de interesse. <strong>Método</strong>: A amostra incluiu 309 adolescentes, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos (<em>M </em>= 14,91) e uma média de 9,56 anos de escolaridade. Os participantes preencheram um protocolo formado pela PsyFlex-A e um conjunto de medidas de autorresposta que avaliaram as competências de <em>mindfulness</em> (CAMM), fusão cognitiva e evitamento experiencial (AFQ-Y8), estados afetivos negativos (DASS-21) e a perceção da qualidade de vida e bem-estar (KidScreen-10). Uma subamostra constituída por 45 participantes completou a PsyFlex-A quatro semanas após a primeira administração para efeitos da análise da fidedignidade temporal. Foi realizada uma Análise Fatorial Confirmatória (AFC) para testar a estrutura da escala e uma análise multigrupo para avaliar a invariância do modelo entre o sexo masculino e feminino. Testes de confiabilidade e outras validades foram também analisados. <strong>Resultados</strong>: A PsyFlex-A apresentou uma estrutura de um factor e uma invariância do modelo entre os sexos, sugerindo que os resultados são comparáveis entre rapazes e raparigas. Revelou uma consistência interna e uma fidedignidade teste-reteste adequadas. Mostrou associações positivas com as competências de <em>mindfulness</em> e qualidade de vida e uma associação negativa com a fusão cognitiva/evitamento experiencial e estados afetivos negativos. Foram encontradas diferenças significativas de género, obtendo os rapazes valores mais elevados de flexibilidade psicológica que as raparigas. <strong>Conclusão</strong>: A PsyFlex-A mostrou ser um instrumento válido e fidedigno para avaliar as competências de flexibilidade psicológica em adolescentes na população portuguesa. De realçar o seu contributo em contexto educativo e clínico, enquanto instrumento de rastreio.</p>Renata SoaresMarina CunhaIlda Massano-CardosoAna Galhardo
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2023-03-022023-03-02911–181–1810.31211/rpics.2023.9.1.284Avaliação da (in)flexibilidade psicológica na população portuguesa: Validação da versão breve do Multidimensional Psychological Flexibility Inventory (MPFI-24)
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<p><strong>Objetivo</strong>: Tradução e validação da versão breve do Inventário de Flexibilidade Psicológica Multidimensional (MPFI-24) para a população portuguesa. <strong>Métodos</strong>: A amostra foi constituída por 650 participantes, com idades entre os 18 e os 74 anos. Os participantes preencheram um protocolo online composto por um questionário sociodemográfico, o <em>Multidimensional Psychological Flexibility Inventory-24</em> (MPFI-24), a Psy-Flex, o <em>Patient Health Questionnaire-4</em> (PHQ-4) e o <em>Mental Health Continuum-Short Form</em> (MHC-SF). <strong>Resultados</strong>: A análise fatorial confirmatória do MPFI-24 mostrou a plausabilidade do modelo de dois fatores de ordem superior com seis fatores de primeira ordem de Flexibilidade Psicológica (FP) e seis fatores de primeira ordem de Inflexibilidade Psicológica (IP). O MPFI-24 mostrou uma adequada fidedignidade, com valores alfa superiores a 0,70 nos índices globais e em todos os fatores. Revelou ainda uma boa estabilidade temporal. A FP mostrou uma associação positiva com a flexibilidade psicológica, avaliada pela Psy-Flex e com a perceção de saúde mental (MHC-SF) e uma associação negativa com estados emocionais negativos (PHQ-4). A IP revelou o padrão oposto, sendo todas as correlações moderadas e significativas. A idade mostrou uma associação positiva com a FP e negativa com a IP. Não foram encontradas diferenças de género para os dois indicadores globais. <strong>Conclusões</strong>: O MPFI-24 demonstrou ser um inventário válido e fidedigno para avaliar a FP e IP em adultos da população portuguesa. Este instrumento pode ser utilizado em contexto clínico e de investigação, sendo um contributo relevante na avaliação de intervenções que visam aumentar a flexibilidade psicológica.</p>Carina PereiraMarina CunhaIlda Massano-CardosoAna Galhardo
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2023-03-162023-03-16911–191–1910.31211/rpics.2023.9.1.285Gravidez e depressão pós-parto (DPP): uma revisão não sistemática sobre o estado da arte do conhecimento da DPP
https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/293
<p data-l-s="61344"><strong>Objetivo</strong>: A gravidez e a maternidade, embora recompensadoras, podem ser desafiadoras e transformadoras. Os períodos gestacional e pós-parto podem causar várias mudanças, tornando as mulheres suscetíveis a transtornos mentais, como a Depressão Pós-Parto (DPP). Esta revisão teve como objetivo apresentar o estado atual do conhecimento sobre a gravidez e a DPP, com foco na prevenção da DPP em mulheres grávidas com idades entre 20 e 40 anos, bem como na sua prevalência em todo o mundo e em Portugal. <strong>Métodos</strong>: Foi realizada uma pesquisa não sistemática da literatura utilizando quatro bases de dados: B-on, Scielo, RCAAP e Google Académico. Foram selecionados para análise 100 artigos publicados entre 2002 e 2022. <strong>Resultados</strong>: Os artigos foram classificados em nove tópicos: Abordagem da Teoria Cognitivo-Comportamental; Fatores de Risco e Proteção; Diagnóstico; Amamentação; Equipes Multidisciplinares; Desmistificação da Gravidez; Impacto da DPP na relação mãe-bebé; Influência da Covid-19; e Sustentabilidade Ambiental. A análise revelou que a pesquisa sobre prevenção é limitada, com estudos existentes focando em intervenção e tratamento, e ênfase nos profissionais de saúde da enfermagem. <strong>Conclusões</strong>: A literatura atual subestima os possíveis benefícios das equipes multidisciplinares para uma melhor prevenção e apoio às mulheres grávidas em risco. São necessárias mais pesquisas para melhorar as estratégias de prevenção da DPP.</p>Cristina AlvesLuísa SoaresAna Lúcia Faria
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2023-05-192023-05-19911–191–1910.31211/rpics.2023.9.1.293A influência da imagem corporal da grávida na sua decisão em amamentar: uma revisão sistemática da literatura
https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/281
<p><strong>Objetivo</strong>: Esta revisão sistemática teve como objetivo avaliar as evidências científicas sobre a associação entre a imagem corporal e a decisão de amamentar ao longo da gravidez. <strong>Métodos</strong>: O estudo utilizou a metodologia proposta pelo Instituto Joanna Briggs, e incluiu estudos identificados nas bases de dados Scopus, Web of Science, B-On e EBSCO. Os critérios de inclusão foram estudos primários publicados nos últimos 12 anos, enquanto literatura cinzenta, comunicações, estudo com foco no pós-parto, imagem corporal e alimentação do recém-nascido foram excluídos. <strong>Resultados</strong>: A pesquisa inicial resultou em 77 artigos, dos quais 73 foram excluídos após o processo de identificação. A nossa análise revelou que (i) há uma relação entre a imagem corporal e a decisão e duração da amamentação e (ii) a decisão do aleitamento materno parece depender da perceção positiva ou negativa da mulher em relação ao seu corpo. <strong>Conclusões</strong>: Compreender a influência da imagem corporal na decisão de amamentar é fundamental para que os profissionais de saúde desenvolvam estratégias eficazes para promover essa prática. No entanto, o número limitado de publicações sobre este tópico destaca a necessidade de mais pesquisas. Portanto, sugerimos que estudos futuros investiguem a relação entre a imagem corporal e a decisão em amamentar, e promovam a literacia sobre o aleitamento materno diz respeito junto da população em geral.</p>Márcio Filipe Moniz TavaresAna Paula SantosSandra SilvaJosé Mendes
Direitos de Autor (c) 2023 Márcio Filipe Moniz Tavares, Ana Paula Santos, Sandra Silva, José Mendes (Autor)
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2023-04-132023-04-13911–121–1210.31211/rpics.2023.9.1.281Supervisão clínica em promoção e proteção de crianças e jovens: Uma revisão narrativa
https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/280
<p><strong>Contexto</strong>: As especificidades dos sistemas de promoção e proteção de crianças e jovens exercem um grande impacto no profissional e, consequentemente, no trabalho com as famílias, pelo que a supervisão clínica se constitui como um forte aliado na promoção do bem-estar e proficiência dos profissionais. <strong>Objetivo:</strong> O presente trabalho teve como objetivo principal realizar uma revisão da literatura sobre a adequabilidade dos modelos de supervisão às especificidades do contexto de promoção e proteção de crianças e jovens, tendo em conta as funções de supervisão, modelos de supervisão e desafios do contexto. <strong>Métodos</strong>: Foi realizada uma revisão narrativa através da pesquisa de palavras-chave, leitura dos resumos de artigos encontrados e posterior leitura na integra dos artigos que se adequaram ao tema definido. Foram analisados artigos sobre supervisão e supervisão clínica em contextos sociais e de promoção e proteção de crianças e jovens. <strong>Resultados</strong>: Predomina a utilização de um modelo de supervisão de abordagem única ou de modelos ecléticos com abordagens teóricas divergentes entre si e que não atendem à complexidade dos sistemas familiares sinalizados. <strong>Conclusões</strong>: Defende-se um modelo com um referencial de leitura integrativo, mas, fundamentalmente, apoiado numa visão ecossistémica do mal trato da criança e do funcionamento familiar, que tenha conhecimento dos procedimentos da instituição e que promova um apoio efetivo ao profissional. Mais estudos devem ser realizados tendo em vista avaliar a influência efetiva da supervisão na prática do profissional com as famílias e a identificação das caraterísticas dos modelos que os tornam eficazes em promoção e proteção.</p>Carolina Vanessa Gomes CoelhoDora PereiraMadalena Alarcão
Direitos de Autor (c) 2023 Carolina Vanessa Gomes Coelho, Dora Pereira, Madalena Alarcão (Autor)
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2023-03-242023-03-24911–261–2610.31211/rpics.2023.9.1.280