Revista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT <p>A <strong>Revista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social | Portuguese Journal of Behavioral and Social Research</strong> [RPICS|PJBSR] é uma revista multidisciplinar com revisão por pares publicada semestralmente pelo Departamento de Investigação &amp; Desenvolvimento do Instituto Superior Miguel Torga.</p> <p>A <strong>RPICS</strong>|<strong>PJBSR</strong> tem como por missão proporcionar uma plataforma para a divulgação de pesquisas originais e de qualidade, promover o avanço do conhecimento nas Ciências Comportamentais e Sociais e dar voz a novos investigadores. Com a nossa política de <a href="https://www.coalition-s.org/action-plan-for-diamond-open-access/" target="_blank" rel="noopener">Acesso Aberto em via Diamante</a>, facilitamos a participação de novos investigadores de todo o mundo e incentivamos jovens talentos a emergirem no domínio da investigação. Acreditamos firmemente na importância de eliminar barreiras financeiras à publicação e de promover a partilha e a colaboração no campo científico e académico.</p> <p>A <strong>RPICS</strong>|<strong>PJBSR</strong> é de leitura relevante para psicólogos, assistentes sociais, sociólogos e todos os profissionais com interesse em investigação comportamental e social. </p> <p>Todo o conteúdo está disponível on-line e é de <a href="https://www.coalition-s.org/action-plan-for-diamond-open-access/" target="_blank" rel="noopener">Acesso Aberto via Diamante</a>, significando que todo o conteúdo é disponibilizado gratuitamente sem encargos para os seus leitores, autores ou instituições. Os utilizadores estão autorizados a ler, descarregar, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar, ou criar ligações para os textos completos dos artigos, ou utilizá-los para qualquer outro propósito legal, sem pedir permissão prévia ao editor ou ao autor. Isto está de acordo com a definição da BOAI de acesso aberto.</p> <p> A edição é da responsabilidade do Departamento de Investigação &amp; Desenvolvimento do Instituto Superior Miguel Torga</p> <p> </p> <p><strong>Diretora</strong>: <a href="https://www.cienciavitae.pt/portal/E41F-4665-121B" target="_blank" rel="noopener">Helena Espírito Santo</a></p> <p><strong>Editora-chefe</strong>: <a href="https://www.cienciavitae.pt/portal/9E1F-93C9-E6D6" target="_blank" rel="noopener">Fernanda Daniel</a></p> <p>Coimbra, Portugal </p> <p><strong>ISSN online</strong>: <a href="https://portal.issn.org/resource/ISSN/2183-4938">2183-4938</a></p> <p><strong>Registo ERC</strong>: 127472 de 17/12/2020</p> <p><strong>INDEXAÇÃO, DIRETÓRIOS e REPOSITÓRIOS</strong>: <a href="https://search.crossref.org/?q=%22Revista+Portuguesa+de+Investiga%C3%A7%C3%A3o+Comportamental+e+Social%22&amp;publication=Revista+Portuguesa+de+Investiga%C3%A7%C3%A3o+Comportamental+e+Social" target="_blank" rel="noopener">CrossRef</a> | <a href="https://www.base-search.net/Search/Results?lookfor=https%3A%2F%2Frpics.ismt.pt%2Findex.php%2FISMT%2Findex&amp;type=all&amp;l=en&amp;oaboost=1&amp;refid=dchisen" target="_blank" rel="noopener">BASE</a> | <a href="https://clasificacioncirc.es/ficha_revista?id=50236" target="_blank" rel="noopener">CIRC</a> | <a href="https://core.ac.uk/search?q=repositories.id:(15268)" target="_blank" rel="noopener">CORE</a> | <a href="https://dialnet.unirioja.es/servlet/revista?codigo=24886" target="_blank" rel="noopener">Dialnet</a> | <a href="https://portal.issn.org/resource/ISSN/2183-4938" target="_blank" rel="noopener">ROAD</a> | <a href="https://doaj.org/search?source=%7B%22query%22:%7B%22filtered%22:%7B%22filter%22:%7B%22bool%22:%7B%22must%22:%5B%7B%22term%22:%7B%22_type%22:%22journal%22%7D%7D%5D%7D%7D,%22query%22:%7B%22query_string%22:%7B%22query%22:%22Revista%20Portuguesa%20de%20Investiga%C3%A7%C3%A3o%20Comportamental%20e%20Social%22,%22default_operator%22:%22AND%22%7D%7D%7D%7D,%22from%22:0,%22size%22:10%7D" target="_blank" rel="noopener">DOAJ</a> | <a href="http://mjl.clarivate.com/cgi-bin/jrnlst/jlresults.cgi?PC=MASTER&amp;ISSN=2183-4938" target="_blank" rel="noopener">ESCI</a> da Web of Science 0,2 (2022) e 0,3 (5 anos) Impact Factor, Q3 Impact factor; 0,14 (2022) JCI | <a href="https://dbh.nsd.uib.no/publiseringskanaler/erihplus/periodical/info?id=499097" target="_blank" rel="noopener">ERIH PLUS</a>, | <a href="https://journals.indexcopernicus.com/search/details?id=50313&amp;lang=en" target="_blank" rel="noopener">ICI</a> | <a href="http://www.latindex.org/latindex/ficha?folio=24355" target="_blank" rel="noopener">Latindex</a> | <a href="http://oaji.net/journal-detail.html?number=7773" target="_blank" rel="noopener">OAJI</a> | <a href="https://scholar.google.pt/citations?user=DwZdr_kAAAAJ&amp;hl=pt-PT&amp;authuser=1" target="_blank" rel="noopener">Google Scholar</a> | <a href="https://www.apa.org/pubs/databases/psycinfo/coverage#R" target="_blank" rel="noopener">PsycInfo</a> | <a href="https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/veiculoPublicacaoQualis/listaConsultaGeralPeriodicos.jsf" target="_blank" rel="noopener">Qualis/Capes B 1</a> | <a href="https://www.rcaap.pt/directory.jsp" target="_blank" rel="noopener">RCAAP</a> | <a href="https://redib.org/Serials/Record/oai_revista3999-revista-portuguesa-de-investiga%C3%A7%C3%A3o-comportamental-e-social" target="_blank" rel="noopener">REDIB</a> | <a href="https://www.researchgate.net/journal/2183-4938_Portuguese_Journal_of_Behavioral_and_Social_Research" target="_blank" rel="noopener">ResearchGate</a> | <a href="https://www.scilit.net/journal/1888783" target="_blank" rel="noopener">Scilit </a></p> <p><strong>REGISTO PÚBLICO DOS REVISORES</strong>: <a href="https://publons.com/journal/60794/revista-portuguesa-de-investigacao-comportamental-" target="_blank" rel="noopener">Publons</a></p> <p> </p> <p style="text-align: center;"> </p> <p> </p> Departamento de Investigação & Desenvolvimento do Instituto Superior Miguel Torga pt-PT Revista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social 2183-4938 <p>Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a&nbsp;<a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/">Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional</a>&nbsp;que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> Diversidade de gênero e inovação nas organizações https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/339 <div> <div> <p class="Abstract"><strong><span lang="PT-BR">Contexto: </span></strong><span lang="PT-BR">Embora a relação entre diversidade de gênero e inovação nas organizações seja amplamente discutida em estudos de caso e <em>surveys</em>, ainda carece de uma caracterização descritiva e interpretativa da evolução dessa temática na literatura, bem como de uma síntese do conhecimento produzido. <strong>Objetivo</strong>: Para preencher essa lacuna, o presente estudo buscou caracterizar a relação entre diversidade de gênero e inovação nas organizações. </span><strong><span lang="PT-BR">Métodos</span></strong><span lang="PT-BR">: O estudo </span><span lang="PT-BR">consistiu em uma análise bibliométrica da produção científica no período de 2002 a 2023. Foram analisados 96 artigos coletados na base de dados Web of Science, usando o <em>software</em> Bibliometrix. <strong>Resultados</strong></span><span lang="PT-BR">: Os resultados principais indicam uma tendência de crescimento na investigação da temática, com destaque para a análise da inovação associada à inclusão de mulheres nos conselhos de administração. Essa inclusão é considerada uma estratégia não apenas para a criação de valor nas organizações, mas também para a promoção de práticas sustentáveis, como parte da inovação verde. Além disso, a representatividade de mulheres nos conselhos de administração ajuda a promover maior inclusão de outros grupos sociais sub-representados. </span><strong><span lang="PT-BR">Conclusões</span></strong><span lang="PT-BR">: Este estudo oferece <em>insights</em> importantes para a compreensão da relação entre diversidade de gênero e inovação nas organizações, apontando para a necessidade de desenvolver políticas que incentivem a inclusão de mulheres em posições de liderança. Contudo, foi identificada uma limitação na literatura existente, que é a falta de estudos comparativos sobre a inovação associada à inclusão de mulheres em diferentes níveis hierárquicos. Recomenda-se que futuras pesquisas explorem a diversidade de gênero sob a perspectiva de pessoas transgêneras e considerem a interseccionalidade com outros marcadores sociais. </span></p> </div> </div> Adriana Monteiro Fabiana Lima Rafael Fernandes Mesquita Maurício Mendes Boavista de Castro Direitos de Autor (c) 2024 Adriana Monteiro, Fabiana Lima, Rafael Mesquita, Maurício Castro http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-05-30 2024-05-30 10 1 1–18 1–18 10.31211/rpics.2024.10.1.339 Transição para a parentalidade: Estratégias promotoras utilizadas pelos profissionais de saúde https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/324 <div><strong>Contexto</strong>: A transição para a parentalidade é um processo multifatorial influenciado diretamente por múltiplos intervenientes. <strong>Objetivo</strong>: Identificar e analisar as estratégias promotoras da transição para a parentalidade utilizadas por profissionais de saúde. <strong>Métodos: </strong>Realizou-se uma revisão <em>scoping </em>conforme as indicações do Joanna Briggs Institute. A pesquisa foi conduzida na plataforma EBSCOhost para estudos publicados entre 2018–2023. Foram incluídos estudos empíricos focados na transição para a parentalidade durante a gravidez. <strong>Resultados</strong>: Seis estudos foram incluídos e analisados e os resultados foram agrupados em quatro categorias: 1) Recursos Internos, evidenciando a confiança da mulher no seu processo de gravidez e a utilização da rede de suporte familiar e comunitário; 2) Programas de Apoio aos Futuros Pais, destacando-se a redução do stresse e ansiedade através da formação de grupos facilitados por profissionais de saúde; 3) Intervenções Psicológicas Coadjuvantes na Transição para a Parentalidade, evidenciando que estas contribuem para uma transição saudável; e 4) O Marido como Elemento de Suporte, sublinhando o papel ativo do marido no apoio emocional e na gestão prática das tarefas. <strong>Conclusões</strong>: A transição para a parentalidade é influenciada pela ação dos profissionais de saúde, pelo papel da mulher e do seu companheiro. As estratégias identificadas nas quatro categorias devem ser integradas na prática clínica para promover uma transição mais assertiva para a parentalidade. Evidencia-se a necessidade de mais estudos focados no papel dos homens neste processo e a inclusão de intervenções que considerem os recursos pessoais e a rede de suporte dos indivíduos.</div> Andrea Victória Catarina Costa Marta Cordeiro Ana Paula Santos Márcio Tavares Patrícia Tavares Direitos de Autor (c) 2024 Andrea Victória, Catarina Costa, Marta Cordeiro, Ana Paula Santos, Márcio Tavares, Patrícia Tavares http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-05-25 2024-05-25 10 1 1–19 1–19 10.31211/rpics.2024.10.1.324 Fatores na interrupção do aleitamento materno exclusivo: Uma scoping review https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/327 <div> <div> <p class="Abstract"><strong>Contexto: </strong>O aleitamento materno exclusivo é fundamental para a saúde e o desenvolvimento infantil, mas muitos fatores podem levar à sua interrupção precoce. Entender esses fatores é crucial para desenvolver intervenções eficazes. <strong>Objetivo</strong>: Identificar e categorizar os fatores que influenciam a interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo antes dos seis meses de vida. <strong>Métodos</strong>: Esta revisão <em>scoping</em> utilizou o agregador de bases de dados EbscoHost. Foram selecionados artigos publicados entre 2020 e 2023, disponíveis na íntegra em inglês, português e espanhol. A pesquisa foi conduzida utilizando o vocabulário DeCS/MeSH para a obtenção de sinónimos e operadores booleanos, com a triagem e seleção dos artigos realizada independentemente por três revisores utilizando a ferramenta Rayyan. <strong>Resultados</strong>: Sete estudos foram incluídos na revisão. Fatores maternos como ser primípara, baixo nível educacional, atitudes negativas em relação ao parto e falta de intenção de amamentar aumentam a probabilidade de interrupção precoce da amamentação. A ansiedade e a depressão maternas impactam negativamente a autoeficácia para amamentar. A introdução precoce de alimentos sólidos e substitutos do leite materno, bem como o uso de chupetas e tetinas, estão associados a uma duração mais curta da amamentação. Partos por cesariana e atitudes negativas em relação ao parto também impactam negativamente o sucesso da amamentação. <strong>Conclusões</strong>: Esta revisão destaca a necessidade de programas de educação e aconselhamento pré-natal, políticas de apoio no local de trabalho, intervenções de saúde mental e proteção para mulheres em situações de violência doméstica. Além disso, recomenda práticas como o contato pele-a-pele imediato e apoio contínuo à amamentação, conforme as diretrizes da OMS e UNICEF, para melhorar as taxas de aleitamento materno exclusivo.</p> </div> </div> Sílvia Carvalho Patrícia Rei Xénia Moniz Ana Paula Santos Márcio Tavares Patrícia Tavares Direitos de Autor (c) 2024 Sílvia Carvalho, Patrícia Rei, Xénia Moniz, Ana Paula Santos, Márcio Tavares, Patrícia Tavares http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-05-24 2024-05-24 10 1 1–16 1–16 10.31211/rpics.2024.10.1.327 Revisão sistemática da literatura acerca da precarização do trabalho do professor universitário https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/323 <div><strong><span lang="PT-BR">Contexto e Objetivo</span></strong><span lang="PT-BR">: Este estudo realizou uma revisão sistemática da literatura sobre a precarização do trabalho docente em Instituições de Ensino Superior (IES) privadas brasileiras, visando entender a relação entre as condições de trabalho e a saúde dos professores. <strong>Métodos</strong>: A revisão da literatura foi realizada sistematicamente </span><span lang="PT-BR">nas bases de dados Scielo, BVS-Psi, Pepsic, Lilacs, BVS-Brasil e Periódicos CAPES</span><span lang="PT-BR">. Foram incluídos estudos que abordavam as experiências de professores em IES privadas no Brasil. <strong>Resultados</strong>: Foram encontrados 256 estudos, dos quais seis foram retidos pelos critérios de pesquisa para síntese qualitativa. A análise dos seis estudos destacou que a precarização do trabalho é uma realidade persistente entre os docentes das IES privadas. Essa precarização é marcada por condições de trabalho deterioradas, incluindo contratos flexíveis, remuneração inadequada, sobrecarga de trabalho e perda de autonomia. Estas condições têm um impacto significativo na saúde mental e física dos professores, com prevalência de transtornos como depressão, ansiedade e outros problemas relacionados ao estresse ocupacional. <strong>Conclusões</strong>: Esta revisão sistemática identificou uma ligação direta entre a precarização laboral e a deterioração da saúde mental e física dos docentes em IES privadas. Os resultados sublinham a necessidade urgente de reformas nas políticas de gestão dessas instituições, visando a promoção de um ambiente de trabalho mais justo e sustentável que respeite a dignidade e o bem-estar dos professores.</span></div> Ádilo Lages Vieira Passos Cássio Adriano Braz de Aquino Direitos de Autor (c) 2024 Ádilo Lages Vieira Passos, Cássio Adriano Braz de Aquino http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-05-20 2024-05-20 10 1 1–12 1–12 10.31211/rpics.2024.10.1.323 Cyberstalking nos relacionamentos românticos: revisão sistemática da literatura https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/320 <div> <div> <p class="Abstract"><strong><span lang="PT-BR">Contexto e Objetivo</span></strong><span lang="PT-BR">: </span><span lang="PT-BR">O <em>cyberstalking</em> nos relacionamentos românticos refere-se ao uso de tecnologias de informação e comunicação, como as redes sociais, para perseguir, ameaçar ou assediar um parceiro íntimo atual, anterior ou potencial. A presente revisão objetivou mapear os estudos empíricos sobre o fenômeno, fornecendo uma contextualização teórica e identificando correlatos potenciais. Considerando os impactos na saúde mental das vítimas, também se buscou identificar artigos que integrassem conceitos da psicologia. <strong>Métodos</strong>: Os artigos relevantes foram pesquisados sistematicamente nas bases de dados Portal Periódicos CAPES, Web of Science, PubMed, SciVerse Scopus e Embase de 2012 a 2021. A qualidade dos estudos foi avaliada. <strong>Resultados</strong>: Dos 2.556 arquivos identificados, 19 estudos atenderam aos critérios de elegibilidade. Dezesseis estudos apresentaram qualidade alta, indicando evidências robustas e baixo risco de viés, enquanto três estudos obtiveram qualidade moderada. Os estudos sugerem que a bidirecionalidade e as motivações subjacentes ao <em>cyberstalking</em> são moldadas por variáveis tecnológicas, socioculturais e individuais. Especificamente, essas motivações podem ser compreendidas através de variáveis sociodemográficas e teorias psicológicas. Ademais, constatou-se que as vítimas evitam denunciar o crime. Não foram encontradas contribuições sobre o papel do psicólogo no suporte às vítimas, agressores e à sociedade. <strong>Conclusões</strong>: De modo geral, espera-se que os achados possam orientar estratégias de intervenção nos âmbitos social, jurídico e virtual, a fim de mitigar comportamentos de perseguição, especialmente em estágios iniciais dos relacionamentos amorosos.</span></p> </div> </div> Anna Dhara Guimarães Tannuss Patrícia Nunes da Fonseca Sara Janine Silva de Oliveira Souza Lays Brunnyeli Santos de Oliveira Direitos de Autor (c) 2024 Anna Dhara Guimarães Tannuss, Patrícia Nunes da Fonseca, Sara Janine Silva de Oliveira Souza , Lays Brunnyeli Santos de Oliveira http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-05-14 2024-05-14 10 1 1–18 1–18 10.31211/rpics.2024.10.1.320 Satisfação com a vida, bem-estar e felicidade em pessoas idosas com e sem apoio formal https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/333 <div> <div> <p class="Abstract"><strong>Contexto e Objetivo</strong>: Compreender a satisfação com a vida, o bem-estar subjetivo e a felicidade é importante para obter uma visão aprofundada da qualidade de vida dos idosos. Embora estes conceitos tenham sido amplamente investigados, ainda existem lacunas na compreensão de como variam entre idosos a viver em diferentes contextos. Este estudo teve como objetivo analisar essas diferenças entre idosos que vivem em comunidades versus contextos formais, como centros de dia e lares residenciais. <strong>Método</strong>s: O estudo envolveu 134 idosos portugueses de três contextos de vida: aqueles que vivem de forma independente na comunidade sem apoio formal (37,3%), aqueles em centros de dia (38,1%) e aqueles em lares residenciais (24,6%). Os dados foram recolhidos utilizando a Escala de Satisfação com a Vida, o Índice de Bem-Estar Pessoal e a Escala de Felicidade Subjetiva. <strong>Resultados</strong>: A análise revelou que os idosos da comunidade relataram menor satisfação com a vida e bem-estar subjetivo do que aqueles em centros de dia e lares residenciais. Não foram observadas diferenças significativas nos níveis de felicidade entre os diferentes contextos de vida. Adicionalmente, o estudo não encontrou diferenças nas variáveis entre participantes do sexo masculino e feminino. Foram encontradas correlações positivas entre satisfação com a vida, bem-estar subjetivo e felicidade nos três contextos de vida. <strong>Conclusões</strong>: Os resultados enfatizam o papel crucial dos sistemas de apoio formal na melhoria da satisfação com a vida e do bem-estar entre os idosos. Estes sistemas fornecem suporte social e psicológico essencial, promovem o envolvimento e mantêm a participação na comunidade, especialmente para os indivíduos mais velhos. Abordar as diversas necessidades dos idosos através de apoio abrangente pode contribuir para intervenções e políticas mais eficazes, visando promover um envelhecimento bem-sucedido e saudável.</p> </div> </div> Carolina Nogueira Fonseca Mónica Teixeira Ana Paula Caetano Pedro F. S. Rodrigues Direitos de Autor (c) 2024 Carolina Nogueira Fonseca, Mónica Teixeira, Ana Paula Caetano, Pedro F. S. Rodrigues http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-05-29 2024-05-29 10 1 1–17 1–17 10.31211/rpics.2024.10.1.333 A influência das orientações educacionais dos professores* na coeducação em Educação Física https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/321 <div> <div> <p class="Abstract"><strong>Contexto: </strong>A influência das orientações educacionais dos professores de Educação Física (EF) nas práticas pedagógicas e na coeducação é vital para entender como o currículo e as metodologias de ensino podem ser otimizados para promover a igualdade de género.<strong> Objetivo: </strong>Este estudo visa explorar as interrelações entre as orientações educacionais dos professores de EF e a implementação de práticas coeducativas, pretendendo identificar desafios e oportunidades para a promoção da igualdade de género nas aulas de EF.<strong> Métodos: </strong>Utilizando uma metodologia de métodos mistos, o estudo envolveu 77 professores portugueses de EF (<em>M</em><sub>idade</sub> = 47,69 ± 8,82 anos; 57,14% sexo masculino). Os dados quantitativos foram recolhidos através do <em>Value Orientation Inventory – Short Form</em>. Doze professores foram inquiridos recorrendo a entrevista semiestruturada para validação qualitativa das orientações educacionais. <strong>Resultados: </strong>Verificou-se uma correlação moderada entre a Mestria Disciplinar e outras orientações, com exceção do Processo de Aprendizagem. Professores mais jovens mostraram preferência pela Integração Ecológica, enquanto variações significativas foram notadas em função das características contratuais dos professores em relação ao Processo de Aprendizagem. Os resultados qualitativos reforçaram a complexidade das orientações educacionais, revelando que as preferências e práticas pedagógicas variam amplamente, influenciando significativamente a implementação de práticas coeducativas nas aulas de EF. <strong>Conclusões: </strong>O estudo conclui que, apesar dos esforços para promover práticas coeducativas, existem desequilíbrios curriculares que favorecem os rapazes. Recomenda-se uma revisão curricular para refletir melhor os interesses e necessidades de ambos os géneros, promovendo um ambiente de aprendizagem mais inclusivo e equitativo.</p> <p class="Abstract">*Os termos ‘professor’ e ‘aluno’ são usados neste artigo para referir-se a docentes e estudantes de ambos os sexos, refletindo o uso comum do termo.</p> </div> </div> Catarina Rodrigues Fábio Flôres Fernando Vieira Direitos de Autor (c) 2024 Catarina Rodrigues, Fábio Flôres, Fernando Vieira http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-05-26 2024-05-26 10 1 1–21 1–21 10.31211/rpics.2024.10.1.321 Burnout em estudantes universitários e relação com o autoconceito e desempenho académico https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/319 <div> <div> <p class="Abstract"><strong>Contexto</strong>: Com a prevalência crescente do <em>burnout</em> académico em estudantes universitários, torna-se essencial aprofundar a compreensão deste fenómeno em contextos educativos exigentes, visando melhorar a sinalização e intervenção. <strong>Objetivo</strong>: Investigar os níveis de <em>burnout</em> em estudantes universitários e as suas relações com variáveis sociodemográficas e académicas e examinar o impacto do <em>burnout</em> e do autoconceito e no desempenho académico numa amostra portuguesa. <strong>Métodos</strong>: Participaram 1122 estudantes universitários portugueses, com idades entre os 17 e 65 anos (<em>M</em> = 23,59), maioritariamente do sexo feminino (<em>n</em> = 850; 75,8%). Aplicaram-se um Questionário Sociodemográfico-Académico, o <em>Self-Description Questionnaire III</em> e o <em>Oldenburg Burnout Inventory – Student Version</em>. <strong>Resultados</strong>: Predominaram baixos níveis de <em>burnout</em>. As estudantes reportaram níveis inferiores de <em>burnout</em> e desempenho académico superior comparativamente aos homens. Embora se tenha observado uma diminuição de burnout com o avanço nos anos académicos (<em>r</em> = -0,13; <em>p</em>&lt; 0,01), verificou-se um aumento com a progressão da idade (<em>r</em> = 0,22; <em>p</em> &lt; 0,01). Áreas mais exigentes como Matemática e Estatística mostraram maiores níveis de exaustão emocional. Um autoconceito positivo associou-se a menores níveis de <em>burnout</em>. A Exaustão Emocional (β = 0,10; <em>p </em>&lt; 0,01) e o Distanciamento Emocional (β = 0,21; <em>p</em> &lt; 0,001) e o Autoconceito Académico (β = -0,52; <em>p</em> &lt; 0,001) revelaram-se preditores significativos do desempenho académico. <strong>Conclusões</strong>: O <em>burnout</em> e o autoconceito predizem o desempenho académico, sublinhando a necessidade de intervenções direcionadas que fortaleçam o autoconceito e mitiguem o <em>burnout, </em>de modo a promover um ambiente académico mais saudável.</p> </div> </div> Célia Lucas Direitos de Autor (c) 2024 Célia Lucas http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-05-07 2024-05-07 10 1 1–21 1–21 10.31211/rpics.2024.10.1.319 Influência da relação resposta/reforço na persistência comportamental https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/337 <div> <div> <p class="Abstract"><strong><span lang="PT-BR">Contexto: </span></strong><span lang="PT-BR">A Teoria do <em>Momentum</em> Comportamental propõe que a persistência comportamental resulta da relação estímulo-estímulo independentemente da relação resposta-estímulo. No entanto, estudos recentes indicam limitações nesta teoria, sugerindo que a persistência pode ser influenciada por variáveis adicionais não contempladas originalmente. <strong>Objetivo</strong>: Este estudo investigou a persistência em função do número de respostas emitidas por reforço obtido, especificamente a relação resposta/reforço (R/SR). <strong>Métodos</strong>: Experimentos 1 e 2: Estudantes universitários foram expostos a um esquema múltiplo com três componentes, cada um exigindo diferentes relações R/SR. Esses esquemas variavam a exigência de respostas para cada reforço, avaliando a persistência sob diferentes condições de R/SR. Experimento 3: Os participantes foram expostos a um esquema múltiplo com três componentes, onde cada componente operava sob um esquema tandem intervalo variável-razão fixa. Diferentes quantidades de respostas por reforço eram exigidas em cada componente. <strong>Resultados:</strong> Os resultados indicaram que, dentro dos parâmetros experimentais utilizados, a relação R/SR não afetou significativamente a persistência comportamental. <strong>Conclusões:</strong> Este estudo destaca a complexidade das variáveis envolvidas na persistência comportamental e a necessidade de ampliar a análise dessas variáveis. A relação R/SR é complexa, em codependência com outros aspectos do comportamento. Futuras pesquisas devem explorar os efeitos da relação R/SR na persistência comportamental através de uma linha contínua de investigação, composta por experimentos que controlem separadamente diversas variáveis comportamentais. Compreender essas interações pode transformar a abordagem científica à persistência comportamental, permitindo intervenções mais precisas e eficazes e contribuindo para avanços significativos em áreas como a educação, psicoterapia e modificação de comportamento.</span></p> </div> </div> André Connor de Méo Luiz Myenne Mieko Ayres Tsutsumi Juliana Suemi Gomes Shirakawa Direitos de Autor (c) 2024 André Connor de Méo Luiz, Myenne Mieko Ayres Tsutsumi, Juliana Suemi Gomes Shirakawa http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-05-20 2024-05-20 10 1 1–21 1–21 10.31211/rpics.2024.10.1.337 Longevidade saudável e equilíbrios dinâmicos do bem-estar, da dieta e da atividade física https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/315 <div> <div> <p class="Abstract"><strong>Contexto</strong>: A longevidade saudável resulta da interação dinâmica entre fatores ambientais, biológicos e psicossociais, como a saúde e o bem-estar subjetivos.<strong>Objetivo</strong>: Analisar como o bem-estar subjetivo, a saúde subjetiva, a atividade física e a dieta mediterrânica se relacionam com biomarcadores do envelhecimento e com o número de fármacos prescritos, e como variam em função de grupos diferenciados por idade, sexo e outras variáveis sociodemográficas. <strong>Métodos</strong>: Utilizou-se uma metodologia transversal não experimental envolvendo 290 pessoas, de 61 a 98 anos de idade, não institucionalizadas, residentes na Região de Coimbra. Os biomarcadores foram recolhidos de relatórios de análises clínicas e os restantes dados, demográficos, psicossociais e do estilo de vida, foram recolhidos através de questionários. <strong>Resultados</strong>: Verificou-se que o bem-estar subjetivo apresenta invariância em função da idade cronológica e do estado civil, mas não do sexo. A perceção da saúde revelou-se um fator diferenciador da satisfação com a vida, da afetividade negativa, dos sintomas depressivos e da perceção de suporte social, assim como dos biomarcadores fosfatase alcalina, triglicerídeos e HDL e do número de fármacos. A atividade física foi diferenciadora da sintomatologia depressiva, da rede social, do padrão alimentar, da fosfatase alcalina e do número de medicamentos. <strong>Conclusões</strong>: Destaca-se a estabilidade do bem-estar subjetivo ao longo da idade adulta avançada e observa-se que a maioria dos participantes até 79 anos considera-se de boa saúde. Recomendam-se ações que promovam os afetos positivos, a rede social e a prática de atividade física moderada a intensa, por se revelarem associados ao bem-estar e à saúde física e subjetiva.</p> </div> </div> Albertina Lima Oliveira Tiago Sousa Manuela Alvarez Direitos de Autor (c) 2024 Albertina Lima Oliveira, Tiago J. R. Sousa, Manuela Alvarez http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2024-05-06 2024-05-06 10 1 1–20 1–20 10.31211/rpics.2024.10.1.315