Revista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT <p>A Revista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social | Portuguese Journal of Behavioral and Social Research [RPICS|PJBSR] é uma revista multidisciplinar, com revisão por pares, publicada semestralmente pelo Departamento de Investigação &amp; Desenvolvimento do Instituto Superior Miguel Torga.</p> <p>A <strong>RPICS</strong>|<strong>PJBSR</strong> tem como missão proporcionar uma plataforma para a divulgação de pesquisas originais e de qualidade, promover o avanço do conhecimento nas Ciências Comportamentais e Sociais e dar voz a novos investigadores. Com a nossa política de <a href="https://www.coalition-s.org/action-plan-for-diamond-open-access/" target="_blank" rel="noopener">Acesso Aberto em via Diamante</a>, facilitamos a participação de novos investigadores de todo o mundo e incentivamos jovens talentos a emergirem no domínio da investigação. Acreditamos firmemente na importância de eliminar barreiras financeiras à publicação e de promover a partilha e a colaboração nos campos científico e académico.</p> <p>A <strong>RPICS</strong>|<strong>PJBSR</strong> é de leitura relevante para psicólogos, assistentes sociais, sociólogos e para todos os profissionais com interesse em investigação comportamental e social. </p> <p>Todo o conteúdo está disponível on-line e é de <a href="https://www.coalition-s.org/action-plan-for-diamond-open-access/" target="_blank" rel="noopener">Acesso Aberto via Diamante</a>, significando que todo o conteúdo é disponibilizado gratuitamente sem encargos para os seus leitores, autores ou instituições. Os utilizadores estão autorizados a ler, descarregar, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar, ou criar ligações para os textos completos dos artigos, ou utilizá-los para qualquer outro propósito legal, sem pedir permissão prévia ao editor ou ao autor. Isto está de acordo com a definição da BOAI de acesso aberto.</p> <p> A edição é da responsabilidade do Departamento de Investigação &amp; Desenvolvimento do Instituto Superior Miguel Torga</p> <p> </p> <p><strong>Diretora</strong>: <a href="https://www.cienciavitae.pt/portal/E41F-4665-121B" target="_blank" rel="noopener">Helena Espírito Santo</a></p> <p><strong>Editora-chefe</strong>: <a href="https://www.cienciavitae.pt/portal/9E1F-93C9-E6D6" target="_blank" rel="noopener">Fernanda Daniel</a></p> <p>Coimbra, Portugal </p> <p><strong>ISSN online</strong>: <a href="https://portal.issn.org/resource/ISSN/2183-4938">2183-4938</a></p> <p><strong>Registo ERC</strong>: 127472 de 17/12/2020</p> <p><strong>INDEXAÇÃO, DIRETÓRIOS e REPOSITÓRIOS</strong>: <a href="https://search.crossref.org/?q=%22Revista+Portuguesa+de+Investiga%C3%A7%C3%A3o+Comportamental+e+Social%22&amp;publication=Revista+Portuguesa+de+Investiga%C3%A7%C3%A3o+Comportamental+e+Social" target="_blank" rel="noopener">CrossRef</a> | <a href="https://www.base-search.net/Search/Results?lookfor=https%3A%2F%2Frpics.ismt.pt%2Findex.php%2FISMT%2Findex&amp;type=all&amp;l=en&amp;oaboost=1&amp;refid=dchisen" target="_blank" rel="noopener">BASE</a> | <a href="https://clasificacioncirc.es/ficha_revista?id=50236" target="_blank" rel="noopener">CIRC</a> | <a href="https://core.ac.uk/search?q=repositories.id:(15268)" target="_blank" rel="noopener">CORE</a> | <a href="https://dialnet.unirioja.es/servlet/revista?codigo=24886" target="_blank" rel="noopener">Dialnet</a> | <a href="https://portal.issn.org/resource/ISSN/2183-4938" target="_blank" rel="noopener">ROAD</a> | <a href="https://doaj.org/search?source=%7B%22query%22:%7B%22filtered%22:%7B%22filter%22:%7B%22bool%22:%7B%22must%22:%5B%7B%22term%22:%7B%22_type%22:%22journal%22%7D%7D%5D%7D%7D,%22query%22:%7B%22query_string%22:%7B%22query%22:%22Revista%20Portuguesa%20de%20Investiga%C3%A7%C3%A3o%20Comportamental%20e%20Social%22,%22default_operator%22:%22AND%22%7D%7D%7D%7D,%22from%22:0,%22size%22:10%7D" target="_blank" rel="noopener">DOAJ</a> | <a href="http://mjl.clarivate.com/cgi-bin/jrnlst/jlresults.cgi?PC=MASTER&amp;ISSN=2183-4938" target="_blank" rel="noopener">ESCI</a> da Web of Science 0,2 (2022) e 0,3 (5 anos) Impact Factor, Q3 Impact factor; 0,14 (2022) JCI | <a href="https://dbh.nsd.uib.no/publiseringskanaler/erihplus/periodical/info?id=499097" target="_blank" rel="noopener">ERIH PLUS</a>, | <a href="https://journals.indexcopernicus.com/search/details?id=50313&amp;lang=en" target="_blank" rel="noopener">ICI</a> | <a href="http://www.latindex.org/latindex/ficha?folio=24355" target="_blank" rel="noopener">Latindex</a> | <a href="http://oaji.net/journal-detail.html?number=7773" target="_blank" rel="noopener">OAJI</a> | <a href="https://scholar.google.pt/citations?user=DwZdr_kAAAAJ&amp;hl=pt-PT&amp;authuser=1" target="_blank" rel="noopener">Google Scholar</a> | <a href="https://www.apa.org/pubs/databases/psycinfo/coverage#R" target="_blank" rel="noopener">PsycInfo da APA</a> | <a href="https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/veiculoPublicacaoQualis/listaConsultaGeralPeriodicos.jsf" target="_blank" rel="noopener">Qualis/Capes B 1</a> | <a href="https://www.rcaap.pt/directory.jsp" target="_blank" rel="noopener">RCAAP</a> | <a href="https://redib.org/Serials/Record/oai_revista3999-revista-portuguesa-de-investiga%C3%A7%C3%A3o-comportamental-e-social" target="_blank" rel="noopener">REDIB</a> | <a href="https://www.researchgate.net/journal/2183-4938_Portuguese_Journal_of_Behavioral_and_Social_Research" target="_blank" rel="noopener">ResearchGate</a> | <a href="https://www.scilit.net/journal/1888783" target="_blank" rel="noopener">Scilit </a></p> <p><strong>REGISTO PÚBLICO DOS REVISORES</strong>: <a href="https://publons.com/journal/60794/revista-portuguesa-de-investigacao-comportamental-" target="_blank" rel="noopener">Publons</a></p> <p> </p> <p style="text-align: center;"> </p> <p> </p> Departamento de Investigação & Desenvolvimento do Instituto Superior Miguel Torga pt-PT Revista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social 2183-4938 <p>Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a&nbsp;<a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/">Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional</a>&nbsp;que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> Coping espiritual/religioso e função cognitiva de pessoas idosas de comunidades urbano-rurais brasileiras https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/352 <div> <div> <p class="Abstract"><strong><span lang="PT">Contexto e Objetivo</span></strong><span lang="PT">: </span><span lang="PT">Comparamos a função cognitiva de pessoas idosas brasileiras residentes em áreas rurais <em>versus</em> urbanas e examinamos se o <em>coping </em>espiritual/religioso (CER), positivo e negativo, se associava a desfechos cognitivos. <strong>Métodos</strong></span><span lang="PT">: </span><span lang="PT">Realizamos um estudo transversal comparativo com duas amostras independentes: pessoas idosas residentes em áreas rurais de dois municípios de pequena dimensão em Minas Gerais, Brasil (<em>N</em> = 326) e pessoas idosas da cidade de São Paulo (<em>N </em>= 400). As medidas incluíram o Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), a Escala Breve de <em>Coping</em> Espiritual/Religioso e um questionário sociodemográfico e de saúde.</span> <strong><span lang="PT">Resultados</span></strong><span lang="PT">: </span><span lang="PT">Após ajustamento por covariáveis sociodemográficas e de saúde, os residentes rurais apresentaram pontuações significativamente mais altas no MEEM, superiores às dos residentes urbanos (diferença média = 7,43, <em>p </em>&lt; 0,001). Entre participantes rurais, maior CER positivo associou-se a melhor função cognitiva (β = 1,6; <em>p</em> &lt; 0,001). Entre participantes urbanos, maior CER negativo associou-se a piores desfechos cognitivos (β = −0,39; <em>p</em> &lt; 0,05). <strong>Conclusões</strong></span><strong><span lang="PT">:</span></strong> <span lang="PT">No Brasil, residir em meio rural pode associar-se a melhor função cognitiva na idade avançada. O CER positivo pode conferir benefícios cognitivos, ao passo que o CER negativo pode relacionar-se a pior cognição—particularmente em contextos urbanos. Esses resultados podem orientar a atuação de profissionais de saúde na abordagem do CER entre pessoas idosas, sobretudo em grandes centros urbanos.</span></p> </div> </div> Luciano Magalhães Vitorino Gail Low Mariella Albino Campos Victória Pina Costa Gerson de Souza Santos Alex Bacadini França Lucila Amaral Carneiro Vianna Alana Azevedo Lemes Felipe Alckmin-Carvalho Zaqueline Fernandes Guerra Direitos de Autor (c) 2025 Luciano Magalhães Vitorino, Gail Low, Mariella Albino Campos, Victória Pina Costa, Gerson de Souza Santos, Alex Bacadini França, Lucila Amaral Carneiro Vianna, Alana Azevedo Lemes, Felipe Alckmin-Carvalho, Zaqueline Fernandes Guerra http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-11-30 2025-11-30 11 2 1–13 1–13 10.31211/rpics.2025.11.2.352 Velocidade como indicador de esforço de resposta no comportamento humano: Um breve relato https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/396 <div><strong><span lang="PT">Contexto</span></strong><span lang="PT">: O esforço de resposta é uma dimensão central na análise do comportamento e pode modular respostas em contextos de segurança, saúde e sustentabilidade. Embora o esforço de resposta tenha sido amplamente estudado por meio de manipulações de exigências de razão e de força, pouco se sabe sobre os efeitos da velocidade da resposta. <strong>Objetivo</strong>: Examinar os efeitos de diferentes requisitos de velocidade, enquanto manipulações de esforço de resposta, sobre a taxa de respostas em humanos. <strong>Métodos</strong>: Seis estudantes de graduação participaram de um delineamento A–B–A, em uma tarefa computadorizada de destruição de “fontes de poluição”, sob esquema múltiplo de intervalo variável (VI 15 s / VI 30 s). O requisito de velocidade (20%, 40%, 80% ou 100% do comprimento da tela/segundo) variou entre sessões e retornou ao valor inicial na fase final. <strong>Resultados</strong>: De forma geral, aumentos no requisito de velocidade acompanharam-se de reduções nas taxas de resposta, sem efeitos consistentes da taxa de reforço entre os componentes. Padrões assimétricos entre grupos com aumento <em>versus</em> redução de velocidade e diferenças individuais sugeriram variação na sensibilidade ao esforço. <strong>Conclusões</strong>: Os achados sugerem que a velocidade funciona como uma dimensão de esforço de resposta com efeitos predominantemente supressivos sobre o responder, oferecendo um parâmetro adicional, potencialmente útil em intervenções comportamentais não punitivas em contextos clínicos, educacionais e organizacionais.</span></div> André Connor de Méo Luiz Myenne Mieko Ayres Tsutsumi José Martins da Silva Neto Julia Rocker dos Santos Kauane de Kássia Mussett Lazaniri Luis Humbert Andrade de Lemos Rafael Tresso Terrin Direitos de Autor (c) 2025 André Connor de Méo Luiz, Myenne Mieko Ayres Tsutsumi , José Martins da Silva Neto, Julia Rocker dos Santos , Kauane de Kássia Mussett Lazaniri , Luis Humbert Andrade de Lemos , Rafael Tresso Terrin http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-11-30 2025-11-30 11 2 1–17 1–17 10.31211/rpics.2025.11.2.396 Clima organizacional inclusivo para LGBTQIA+ em Portugal: perspetivas de trabalhadores pertencentes a minorias sexuais https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/406 <div> <div> <p class="Abstract"><strong><span lang="PT">Contexto</span></strong><span lang="PT">: </span><span lang="PT">Apesar dos esforços crescentes para promover a diversidade no local de trabalho, muitos trabalhadores LGBTQIA+ continuam a enfrentar discriminação, exclusão e dificuldade em expressar plenamente as suas identidades no contexto laboral. A literatura indica que as perceções de um clima organizacional inclusivo estão estreitamente associadas ao bem-estar, satisfação profissional e envolvimento das pessoas LGBTQIA+ no trabalho. <strong>Objetivo</strong></span><span lang="PT">: </span><span lang="PT">Examinar as perceções do clima organizacional inclusivo para pessoas LGBTQIA+ entre trabalhadores cisgénero pertencentes a minorias sexuais em Portugal e testar as suas associações com a discriminação autorrelatada. <strong>Métodos</strong></span><span lang="PT">: </span><span lang="PT">Setenta e nove participantes cisgénero não heterossexuais (<em>M</em><sub>idade</sub> 31,59, <em>DP</em> = 10,13) completaram um questionário de avaliação do clima organizacional inclusivo para pessoas LGBT e um questionário sociodemográfico, num inquérito <em>online</em> de natureza transversal. Os dados foram analisados recorrendo a estatísticas descritivas, correlações de postos de Spearman, teste <em>U</em> de Mann-Whitney, regressão hierárquica e análise de moderação baseada na regressão</span><span lang="PT">. <strong>Resultados: O</strong>s participantes indicaram que as suas organizações dispunham frequentemente de políticas formais de inclusão LGBTQIA+, embora estas fossem muitas vezes percecionadas como apenas parcialmente implementadas ou de forma inconsistente.</span><span lang="PT"> Foram reportadas experiências de discriminação, sendo que as mulheres percecionaram menos discriminação e indicaram maior abertura relativamente às suas identidades. O suporte percecionado por parte de supervisores e colegas associou-se fortemente a um clima menos discriminatório, e a divulgação/assunção da identidade (<em>outness</em>) associou-se positivamente a perceções de um clima organizacional inclusivo. A análise de moderação indicou que a interação entre suporte do supervisor e divulgação não foi significativa; em vez disso, o suporte do supervisor previu níveis mais baixos de discriminação de forma consistente em todos os níveis de divulgação. <strong>Conclusões</strong></span><span lang="PT">: </span><span lang="PT">Esses resultados destacam o papel crítico da cultura organizacional e dos mecanismos de suporte na promoção de um clima inclusivo para indivíduos LGBTQIA+ no contexto laboral.</span></p> </div> </div> Iara Teixeira Felipe Alckmin-Carvalho Henrique Pereira Direitos de Autor (c) 2025 Iara Teixeira, Felipe Alckmin-Carvalho, Henrique Pereira http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-11-30 2025-11-30 11 2 1–21 1–21 10.31211/rpics.2025.11.2.406 Fiabilidade e validade fatorial da versão persa da Adult ADHD Self-Report Scale em estudantes universitários https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/360 <p><strong>Contexto e Objetivo</strong>: A perturbação de hiperatividade/défice de atenção (PHDA) no adulto é prevalente e incapacitante, mas permanece subdiagnosticada em muitos países de baixo e médio rendimento, em parte devido à escassez de instrumentos de rastreio culturalmente adaptados. Este estudo examinou as propriedades psicométricas de uma versão persa da <em>Adult ADHD Self-Report Scale</em> (ASRS v1.1) da Organização Mundial da Saúde em estudantes universitários. <strong>Método</strong>: Participaram 128 estudantes iranianos (52% mulheres, 48% homens), selecionados por amostragem aleatória simples. A ASRS v1.1 foi traduzida para persa através de um procedimento de tradução–retradução e revisão por peritos. Foram calculados índices de validade de conteúdo e aplicada uma abordagem psicométrica multimétodo, combinando teoria clássica dos testes, análises fatoriais exploratória e confirmatória com base em correlações policóricas e modelos de teoria de resposta ao item multidimensional. A validade convergente foi examinada através das correlações com os índices do <em>Conners’ Adult ADHD Rating Scales – Self</em><em>‑Report: Short Version</em> (CAARS-S:S). <strong>Resultados</strong>: As análises suportaram uma solução de 14 itens e três fatores — Problemas de Atenção, Hiperatividade e Impulsividade. O modelo apresentou ajustamento global aceitável (CFI = 0,91, NFI = 0,92, RMSEA = 0,07 e GFI = 0,89). A consistência interna foi aceitável para a pontuação total (α de Cronbach = 0,79) e boa para as três dimensões (α ≥ 0,81). Os resultados da teoria de resposta ao item indicaram limiares ordenados, discriminação adequada e boa precisão de medida em níveis baixos a moderadamente elevados de sintomas de PHDA. As pontuações da ASRS correlacionaram-se positivamente com os índices da CAARS-S:S, apoiando a validade convergente. <strong>Conclusões</strong>: A versão persa de 14 itens da ASRS v1.1 evidencia fiabilidade adequada, validade fatorial e validade convergente em estudantes universitários iranianos e parece adequada para aplicações em investigação e rastreio preliminar de sintomas de PHDA no adulto neste contexto.</p> Zahra Shahnavaz Mohammad Bagher Hassanvand Direitos de Autor (c) 2025 Zahra Shahnavaz, Mohammad Bagher Hassanvand http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-11-30 2025-11-30 11 2 1–15 1–15 10.31211/rpics.2025.11.2.360 Necessidades de autogestão após AVC: perspetivas de pessoas com AVC e cuidadores informais https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/365 <div> <div> <p class="Abstract"><strong><span lang="PT">Contexto</span></strong><span lang="PT">: </span><span lang="PT">Em Portugal, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) constitui a principal causa de morte e incapacidade, estimando-se um aumento de 20% no número de pessoas a viver com sequelas até 2035. Estudos indicam que tanto as pessoas com AVC como os/as cuidadores/as informais relatam sentir-se abandonados após alta hospitalar, com risco agravado de readmissão</span><span lang="PT">. </span><strong><span lang="PT">Objetivo</span></strong><span lang="PT">: </span><span lang="PT">Compreender as necessidades de autogestão das pessoas com AVC e dos/as cuidadores/as informais e explorar a perspetiva dos profissionais de saúde sobre estratégias facilitadoras ao longo do processo de reabilitação</span><span lang="PT">. </span><strong><span lang="PT">Métodos</span></strong><span lang="PT">: </span><span lang="PT">Adotou-se um delineamento qualitativo e multiperspetivo, com entrevistas semiestruturadas individuais a 23 participantes (7 pessoas com AVC, 7 cuidadores/as e 9 profissionais), após aprovação ética pela Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano. Os dados foram submetidos a análise temática reflexiva, com suporte do <em>software</em> NVivo 11. <strong>Resultados</strong></span><span lang="PT">:</span><span lang="PT"> Emergiram dois temas: "O novo eu" e "Como assumir o controlo", que traduzem a necessidade de adaptação das pessoas com AVC e dos cuidadores às mudanças decorrentes do AVC. A literacia em saúde e o empoderamento foram considerados cruciais para uma autogestão eficaz, contribuindo para melhorar a qualidade de vida e reduzir a dependência dos/as profissionais de saúde</span><span lang="PT">. </span><strong><span lang="PT">Conclusões</span></strong><strong><span lang="PT">:</span></strong> <span lang="PT">A autogestão após o AVC requer abordagens personalizadas e integradas que envolvam ativamente as pessoas com AVC e cuidadores. Os resultados sustentam o desenvolvimento de programas híbridos de autogestão, com aplicabilidade clínica, relevância para a formulação de políticas públicas e potencial de adaptação a outras condições crónicas, no sentido de promover maior autonomia e continuidade de cuidados na comunidade.</span></p> </div> </div> Daniel de Carvalho Mara Matos José Calheiros Carla Pereira Direitos de Autor (c) 2025 Daniel Conde de Carvalho, Mara Matos, José Manuel Calheiros, Carla Mendes Pereira http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-11-30 2025-11-30 11 2 1–23 1–23 10.31211/rpics.2025.11.2.365 Saúde mental no trabalho policial: burnout e modos de enfrentamento em duas corporações brasileiras https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/399 <div> <div> <p class="Abstract"><strong><span lang="PT">Contexto</span></strong><span lang="PT">: </span><span lang="PT">O estresse ocupacional em policiais militares pode desencadear síndrome de <em>burnout</em>, com repercussões na saúde mental e no desempenho profissional. Estratégias de enfrentamento eficazes podem mitigar esses efeitos.</span> <strong><span lang="PT">Objetivo</span></strong><span lang="PT">: </span><span lang="PT">Analisar a presença de <em>burnout </em>e os modos de enfrentamento adotados por policiais militares em duas corporações brasileiras</span><span lang="PT">. </span><strong><span lang="PT">Métodos</span></strong><span lang="PT">: </span><span lang="PT">Estudo transversal com 773 policiais militares (87,3% homens; <em>M</em> = 34,5 anos de idade; taxa de adesão de 30,8%) dos estados de São Paulo e Paraná, selecionados a partir de uma população de 2.512 profissionais. Aplicaram-se questionário sociodemográfico e profissional, <em>Maslach Burnout Inventory – Human Services Survey</em> e a Escala de Modos de Enfrentamento de Problemas. Realizaram-se análises descritivas e inferenciais. <strong>Resultados</strong></span><span lang="PT">: </span><span lang="PT">Verificaram-se altos escores de exaustão emocional (23,2%) e despersonalização (44,8%), sugerindo risco para <em>burnout;</em> contudo, 67,3% relataram altos índices de realização profissional e nenhum participante preencheu os critérios de síndrome de <em>burnout</em>, segundo os pontos de corte adotados. O maior recurso a estratégias de enfrentamento focalizadas no problema e na busca de suporte social associou-se a menores níveis de exaustão emocional e despersonalização, bem como a maior realização profissional (<em>p</em> ≤ 0,05). <strong>Conclusões</strong></span><strong><span lang="PT">: </span></strong><span lang="PT">Evidencia-se a relevância dos modos de enfrentamento na redução do estresse ocupacional e na promoção da saúde mental. Investimentos em suporte organizacional e redes de apoio social, aliados a melhorias nas condições de trabalho e a intervenções que fortaleçam estratégias de enfrentamento mais adaptativas, podem contribuir para a qualidade de vida e a sustentabilidade do desempenho profissional nesta população. </span></p> </div> </div> Jacqueline Flores de Oliveira Fernando Braga dos Santos Thiago Roberto Arroyo Evellym Vieira Marcio Andrade Borges Luciano Garcia Lourenção Direitos de Autor (c) 2025 Jacqueline Flores de Oliveira, Fernando Braga dos Santos, Thiago Roberto Arroyo, Evellym Vieira, Marcio Andrade Borges, Luciano Garcia Lourenção http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-11-30 2025-11-30 11 2 1–19 1–19 10.31211/rpics.2025.11.2.399 Impacto Psicossocial das medidas restritivas da pandemia COVID-19 em residentes cabo-verdianos: um estudo transversal de base populacional https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/318 <div> <div> <p class="Abstract"><strong><span lang="PT">Contexto</span></strong><span lang="PT">: </span><span lang="PT">A pandemia de COVID-19, causada pelo SARS-CoV-2, afetou a saúde mental e as condições socioeconómicas globalmente, mas a evidência sobre países insulares africanos como Cabo Verde permanece limitada. <strong>Objetivo</strong></span><span lang="PT">: </span><span lang="PT">Caracterizar o impacto psicossocial da COVID-19 e das medidas restritivas na população residente em Cabo Verde. <strong>Métodos</strong></span><span lang="PT">: </span><span lang="PT">Estudo transversal de base populacional com amostra representativa de 3.520 residentes em Cabo Verde com ≥ 12 anos. Aplicou-se um questionário estruturado, adaptado à população-alvo, avaliando saúde mental e bem-estar, alterações de vida, suporte social, acesso a cuidados e meios de proteção, e preocupações com o desconfinamento e o futuro. Calcularam-se frequências absolutas e proporções ponderadas dos indicadores psicossociais. <strong>Resultados</strong></span><span lang="PT">: </span><span lang="PT">Cerca de metade dos inquiridos referiu conciliar trabalho e vida familiar e manter rotinas diárias; a maioria relatou ter, pelo menos, uma pessoa de confiança, continuar a aceder aos cuidados de saúde no setor público e dispor de materiais de proteção. Apenas uma minoria indicou ter acesso fácil a linhas e cuidados psicológicos ou a cuidados domiciliários. Predominaram preocupações com a suficiência das medidas, o risco acrescido para grupos vulneráveis, a perda de rendimento e uma possível crise económica grave, a par de uma avaliação positiva de algumas formas alternativas de organização do trabalho e de níveis relevantes de otimismo quanto ao futuro. <strong>Conclusões</strong></span><span lang="PT">: </span><span lang="PT">Os residentes cabo-verdianos revelaram capacidade de adaptação às medidas de saúde pública, embora persista vulnerabilidade psicossocial, sobretudo ligada à insegurança económica e à proteção de grupos vulneráveis. </span></p> </div> </div> Maria da Luz Lima Mendonça Jaclin Freire Janice de Jesus Soares Ana Moniz Odete Mota Edith Pereira Aristides da Luz Maria de Fátima Carvalho-Alves Edna Duarte Lopes Direitos de Autor (c) 2025 Maria da Luz Lima Mendonça, Jaclin Freire, Janice de Jesus Soares , Ana Moniz , Odete Mota, Edith Pereira, Aristides da Luz , Maria de Fátima Carvalho-Alves, Edna Duarte Lopes http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-11-30 2025-11-30 11 2 1–18 1–18 10.31211/rpics.2025.11.2.318 Saúde psicossocial das comunidades Roma/ciganas em situação de pobreza: Revisão sistemática da literatura https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/374 <div> <div> <p class="Abstract"><strong><span lang="PT">Contexto e Objetivo</span></strong><span lang="PT">: </span><span lang="PT">As iniquidades em saúde psicossocial das comunidades Roma em situação de pobreza permanecem pouco sistematizadas. Esta revisão sistemática visou sintetizar e caracterizar resultados e necessidades em saúde psicossocial destas comunidades. </span><strong><span lang="PT">Métodos</span></strong><span lang="PT">: De acordo com as orientações PRISMA 2020, pesquisaram-se as bases de dados Scopus e Web of Science Core Collection (2011–2023) para identificar estudos quantitativos e qualitativos revistos por pares sobre saúde psicossocial em pessoas Roma em situação de pobreza. Os critérios de elegibilidade seguiram um enquadramento PICO modificado: População = comunidades Roma em contextos de pobreza; Intervenção/exposição = avaliações ou intervenções de saúde psicossocial de natureza diagnóstica, preventiva ou comparativa; Resultados = indicadores de saúde mental, bem-estar, estigma, discriminação e funcionamento psicossocial. A qualidade metodológica foi avaliada com as <em>checklists</em> de avaliação crítica do Joanna Briggs Institute (JBI) e a certeza da evidência sintetizada segundo a abordagem GRADE. </span><strong><span lang="PT">Resultados</span></strong><span lang="PT">: Foram incluídos 11 estudos (cinco com amostras exclusivamente Roma; seis com amostras mistas), envolvendo 13 222 participantes Roma. A maioria apresentou delineamentos transversais, não randomizados e de natureza diagnóstica ou descritiva; apenas um foi longitudinal com componente de intervenção. Cerca de 90% dos estudos cumpriram ≥ 75% dos critérios JBI e a certeza da evidência em saúde psicossocial foi predominantemente moderada. De forma consistente, os participantes Roma relataram pior saúde psicossocial do que os </span><span lang="PT">participantes de grupos maioritáriose níveis elevados de estigma internalizado e experienciado. <strong>Conclusões</strong>: Apesar de limitada, a evidência disponível é convergente ao indicar uma carga substancial de problemas de saúde psicossocial nas comunidades Roma em situação de pobreza, moldada pela desvantagem estrutural e pelo estigma. A escassez de investigação psicológica rigorosa sublinha a necessidade de estudos longitudinais, com envolvimento comunitário, e de intervenções informadas por políticas públicas orientadas para a equidade. Registo PROSPERO: CRD42023476860.</span></p> </div> </div> Jóni Ledo Henrique Pereira Direitos de Autor (c) 2025 Jóni Ledo, Henrique Pereira http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-11-30 2025-11-30 11 2 1–15 1–15 10.31211/rpics.2025.11.2.374 A cessação do papel do cuidador informal e a transição para a condição de pós-cuidador: Uma scoping review https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/397 <div> <div> <p class="Abstract"><strong><span lang="PT">Contexto</span></strong><span lang="PT">: </span><span lang="PT">A experiência dos cuidadores informais em fases avançadas da doença e após o fim dos cuidados envolve desafios significativos. Apesar da sua relevância clínica, a cessação do papel de cuidador e a transição para a condição de pós-cuidador permanecem pouco sistematizados na literatura. <strong>Objetivo</strong></span><span lang="PT">: </span><span lang="PT">Mapear a evidência sobre a cessação do papel de cuidador informal e a transição para a condição de pós-cuidador, identificando impactos e necessidades de apoio que orientem a intervenção dos profissionais de saúde. <strong>Métodos</strong></span><span lang="PT">: </span><span lang="PT">Realizou-se uma <em>scoping review</em> segundo a metodologia do Joanna Briggs Institute. A pergunta de investigação, estruturada pela estratégia População, Conceito e Contexto, orientou a pesquisa nas bases de dados Academic Search Complete, CINAHL, MedicLatina, MEDLINE, Psychology and Behavioral Sciences Collection, PubMed databases, Scopus e Web of Science. Incluíram-se estudos publicados entre 2013 e 2024, em inglês, português, espanhol e francês. <strong>Resultados</strong></span><span lang="PT">: </span><span lang="PT">Identificaram-se 1681 registos, dos quais sete cumpriram os critérios de inclusão. A síntese evidenciou que a cessação dos cuidados informais constitui um processo complexo e multifatorial, associado a impactos positivos (alívio, reorganização da vida) e negativos (perda de papel, luto, sofrimento emocional). Este processo está ligado a necessidades específicas de apoio emocional, social e profissional, frequentemente pouco reconhecidas e insuficientemente supridas pelos serviços de saúde e redes comunitárias.</span> <strong><span lang="PT">Conclusões</span></strong><span lang="PT">: </span><span lang="PT">Os cuidadores informais percorrem trajetórias de adaptação heterogéneas após o fim dos cuidados, com repercussões duradouras na identidade, saúde e bem-estar. Compreender este processo é central para que enfermeiros e outros profissionais de saúde desenvolvam estratégias estruturadas de acompanhamento dirigidas aos pós-cuidadores e para que a investigação futura aprofunde as necessidades deste grupo. </span></p> </div> </div> Sandra Silva Maria Manuela Martins Márcio Filipe Moniz Tavares Direitos de Autor (c) 2025 Sandra Silva, Maria Manuela Martins, Márcio Filipe Moniz Tavares http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-11-30 2025-11-30 11 2 1–18 1–18 10.31211/rpics.2025.11.2.397 Violência no namoro em adolescentes e jovens brasileiros: revisão sistemática da literatura https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/379 <div><strong><span lang="PT-BR">Contexto e Objetivo</span></strong><span lang="PT-BR"><span lang="PT-BR">: A violência no namoro é um fenômeno social caracterizado por agressões físicas, psicológicas, sexuais ou virtuais entre parceiros íntimos, com o objetivo de controlar e dominar a outra pessoa. Este estudo teve como objetivo realizar uma revisão sistemática da literatura sobre a violência no namoro de adolescentes e adultos jovens brasileiros. <strong>Métodos</strong>: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, conduzida de acordo com as recomendações do PRISMA, nas bases SciELO, LILACS, PePSIC e no Portal de Periódicos da CAPES. Foram incluídos estudos empíricos realizados no Brasil, com amostras de adolescentes e/ou adultos jovens, publicados entre 2013 e 2023. A busca identificou 647 registos, dos quais 27 atenderam a todos os critérios de elegibilidade e foram incluídos na síntese narrativa. <strong>Resultados</strong>: Os achados indicaram que a violência no namoro tem sido caracterizada em três eixos principais: (a) fatores familiares, socioculturais e individuais associados à perpetração e à vitimização; (b) prevalências e padrões dos diferentes tipos de violência, incluindo modalidades presenciais e mediadas por tecnologias digitais; e (c) estratégias de enfrentamento e de pedido de ajuda, com predomínio do recurso a redes informais de apoio. <strong>Conclusões</strong>: Em suma, os resultados reforçam a violência no namoro como problema de saúde pública e de direitos humanos e podem subsidiar o desenvolvimento de programas de intervenção culturalmente sensíveis, que promovam a identificação, a prevenção e o enfrentamento da violência no namoro entre adolescentes e adultos jovens, visando à redução de comportamentos violentos e à promoção de relacionamentos mais saudáveis.</span></span> <div><span lang="PT-BR">Registro PROSPERO: CRD42024569918.</span></div> </div> Jérssia Lais Fonseca dos Santos Patrícia Nunes da Fonseca Anna Dhara Guimarães Tannuss Sara Janine Silva de Oliveira Souza Dayane Gabrielle do Nascimento Dias Direitos de Autor (c) 2025 Jérssia Lais Fonseca dos Santos, Patrícia Nunes da Fonseca, Anna Dhara Guimarães Tannuss , Sara Janine Silva de Oliveira Souza, Dayane Gabrielle do Nascimento Dias http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-12-01 2025-12-01 11 2 1–23 1–23 10.31211/rpics.2025.11.2.379 Erratum: Analistas do comportamento e COVID-19: Uma revisão de pesquisas empíricas e conceituais https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/446 <div> <div> <p class="Abstract"><span lang="PT">Esta é uma correção à publicação “Analistas do comportamento e COVID-19: Uma revisão de pesquisas empíricas e conceituais” publicada na <a href="https://rpics.ismt.pt/index.php/ISMT/article/view/356"><em>Revista Portuguesa</em><em> d</em><em>e Investigação Comportamental </em><em>e</em><em> Social, 11</em>(1), 1–19. https://doi.org/10.31211/rpics.2025.11.1.356. </a></span><span lang="PT">Na publicação original, a afiliação da segunda autora, Myenne Mieko Ayres Tsutsumi, estava incompleta. Deverá constar, além da afiliação previamente indicada, a seguinte instituição: <strong>Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Londrina,</strong> <strong>Brasil</strong>. Nenhum conteúdo científico, analítico ou interpretativo do artigo original foi modificado.</span></p> </div> </div> Gabinete editorial RPICS Direitos de Autor (c) 2025 Gabinete editorial Revista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2025-11-18 2025-11-18 11 2 1 1 10.31211/rpics.2025.11.2.446