Potencialidades do software na procura de consensos no ensino superior em contexto pandémico: o método Delphi
DOI:
https://doi.org/10.31211/rpics.2022.8.1.232Palavras-chave:
Consenso, Debate, Delphi, Ensino superior, SoftwareResumo
Contexto e Objetivo: De que modo o software se pode constituir como instrumento da facilitação metodológica perante restrições à pesquisa de campo durante uma pandemia? Porque é importante buscar consensos em momentos de exacerbação e de radicalização de opiniões e de comportamentos? Estas duas questões foram o ponto de partida para argumentarmos que o software potencia e acelera a investigação em contextos de confinamento e que ajuda a formar consensos em momentos de rutura, permitindo identificar desafios e propor soluções para problemas fraturantes. Para tal, utiliza-se o exemplo de um estudo que está em curso na Universidade de Coimbra (UC) que visa produzir recomendações que a UC poderá adotar para estruturar modelos educativos que respondam aos desafios de uma sociedade pós-COVID. Método: O estudo adotou o princípio da auscultação de “testemunhos privilegiados”, selecionando como objeto empírico estudantes, diretores (ou subdiretores) das Unidades Orgânicas, e docentes de todas as áreas científicas da UC. O estudo apostou numa metodologia intensiva, que conseguisse recolher informação qualitativa detalhada que potenciasse não apenas o debate, mas também a modelação de propostas e soluções inovadoras — o método Delphi. Resultados: O método Delphi apresentou-se como um método vantajoso face ao cenário atual de provável intermitência pandémica. A grande vantagem da utilização do método Delphi (usando o software Welphi) foi permitir colocar agentes geograficamente dispersos em diálogo, reforçando os mecanismos de governança democrática na futura conceção de recomendações que afetam toda a comunidade académica. Conclusão: O software facilita bastante a análise, especialmente a nível quantitativo. No entanto, quando se está perante um grupo heterogéneo, é necessário assegurar que as áreas minoritárias não são desvalorizadas. Para tal, é importante assegurar que o primeiro questionário seja de resposta livre e que os comentários sejam cuidadosamente analisados.
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