Estudo fatorial exploratório das dimensões comportamentais de adesão em pessoas com diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2

Autores

  • Ilda Maria Massano-Cardoso Instituto Superior Miguel Torga; Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra/Centro de Estudos e Investigação em Saúde da Universidade de Coimbra, Portugal http://orcid.org/0000-0003-2510-2348
  • Fernanda Bento Daniel Instituto Superior Miguel Torga; Centro de Estudos e Investigação em Saúde da Universidade de Coimbra; Centro de Investigação e Estudos de Sociologia , Coimbra, Portugal http://orcid.org/0000-0002-2202-1123
  • Vitor Rodrigues Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Portugal
  • Manuela Carvalheiro Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.7342/ismt.rpics.2017.3.1.47

Palavras-chave:

Diabetes mellitus, Dimensões comportamentais, Análise fatorial, Adesão

Resumo

Contexto e Objetivos: Vários têm sido os modelos ou teorias explicativas na identificação das dimensões comportamentais que determinam a tendência dos indivíduos para aderirem ou não às recomendações terapêuticas na diabetes. Neste trabalho pretendemos, através de análise fatorial exploratória, analisar quais as dimensões comportamentais associadas à adesão em pessoas com diabetes mellitus (DM). Adicionalmente, foi objetivo testar o modelo teórico composto por três grandes fatores: internos, relacionais e externos ao paciente. Método: 347 doentes frequentando consultas de diabetes do Serviço de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo no Centro Hospitalar Universitário de Coimbra e na Associação Portuguesa de Diabéticos de Portugal que, voluntariamente e informadamente, aceitaram colaborar no preenchimento de uma bateria de testes constituída por instrumentos de autorresposta. Resultados: A estrutura fatorial encontrada no caso da DM tipo-1 é de seis componentes com uma variância total explicada de 70,84% na DM tipo-2 com tratamento insulínico é de sete componentes com variância total explicada de 74,94% e no caso da DM tipo 2 com tratamento oral o número de componentes é de seis com variância total explicada de 73,42%. Conclusões: Concluiu-se que as saturações mais elevadas correspondem aos construtos a que teoricamente deveriam pertencer. Na DM tipo-1 o fator "terapêutico" desaparece, associando-se ao “autocuidado” e na DM tipo-2 oral, esta componente emerge como uma dimensão. Da análise forçada a dois fatores concluímos que o "suporte social" não satura adequadamente no fator relacional, mas sim no fator interno. Levou-nos então a refletir não sobre o modelo propriamente dito, mas da pertinência da escolha do instrumento para a mensuração do suporte social. Apesar das excelentes qualidades psicométricas, o instrumento apresenta itens redigidos para a avaliação da satisfação social percebida e não tanto sobre as relações sociais. Conseguimos encontrar uma explicação baseada na multidimensionalidade do atributo onde a estrutura interna e semântica condicionaram os resultados.

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Publicado

28-02-2017

Como Citar

Massano-Cardoso, I. M., Daniel, F. B., Rodrigues, V., & Carvalheiro, M. (2017). Estudo fatorial exploratório das dimensões comportamentais de adesão em pessoas com diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2. Revista Portuguesa De Investigação Comportamental E Social, 3(1), 41–52. https://doi.org/10.7342/ismt.rpics.2017.3.1.47

Edição

Secção

Artigo Original